SEGURANÇA
PF reativa o seu Núcleo de Polícia Marítima para atuar no Ceará
Por Marcelo - Em 17/12/2019 às 9:49 PM
Com o objetivo de reforçar a segurança dos navios – de cargas e passageiros – que chegam aos dois principais portos cearenses, combater a prática de crimes no litoral cearense e até mesmo casos de pirataria na orla de Fortaleza, a Polícia Federal reativou o seu Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), neste segundo semestre, que está em fase de revitalização de sua unidade que já existia no Porto de Fortaleza.
As equipes contam com três lanchas de resposta rápida e com o apoio da Marinha do Brasil, para operações em mar aberto, como ocorreu no último fim de semana, quando um barco de pesca foi flagrado com farto material contrabandeado na região do litoral de Paracuru. Eventualmente, uma aeronave também é deslocada para auxiliar nos trabalhos.
Inclusive, nesta terça-feira (17), o Nepom encerrou a Operação Terramar, flagrando com a utilização do helicóptero Caçador 08, da PF, um barco de pesca da Paraíba na área do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio. O analista ambiental do Ibama, Haroldo Marques, que acompanhou a equipe do Nepom, fotografou o número de identificação da embarcação, cujo proprietário será autuado e deverá pagar uma multa entre R$ 700,00 a até R$ 100 mil, com majoração por R$ 20,00 por quilo de pescado e a agravante de estar pescando numa área de preservação.
Essa presença da PF também é uma exigência de tratados internacionais, como o ISPS Code, que foi uma imposição realizada pelos Estados Unidos, após os atentados de 11 de setembro. Os agentes da PF trabalham garantindo a segurança dos navios que atracam nos portos de Fortaleza e do Pecém, combatem a pesca ilegal, tráfico de drogas, contrabando e roubos a embarcações, inclusive de lazer.
“Também atuamos nesse trabalho preventivo de combate aos atos de pirataria na orla de Fortaleza, pois nas cartas náuticas, infelizmente, a região é marcada como ponto de roubos contra navios lanchas ou veleiros. Mas o inquérito será conduzido pela Justiça Estadual”, disse o APF Alexandre Mesquita, diretor-substituto do Nepom.