Istambul, na Turquia.

Foram 14 cidades percorridas ao longo de cinco meses, começando e terminando em Istambul, na Turquia. Esse foi o cenário desbravado pelo repórter fotográfico Tuca Vieira, que criou o projeto “Hipercidades”, com a finalidade de trazer um pequeno fragmento de um mundo cada vez mais urbano.
Vieira passou por Hong Kong, Shenzen, Guangzhou, Xangai, Chongqing, Tianjin e Pequim, na China; Bancoc, na Tailândia; Jacarta, na Indonésia; Manila, nas Filipinas, Tóquio e Osaka, no Japão, e Moscou, na Rússia. Juntas, essas megacidades somam 223 milhões de habitantes.

De acordo com o fotógrafo, a viagem foi planejada como uma espécie de circuito fechado, no qual a chegada e a saída coincidem, mas sem nunca repetir o mesmo caminho. “Há aí um sentido poético, pois ida e volta se confundem. O destino é o próprio ponto de partida”, avalia Tuca.

Jacarta, na Indonésia.

Depois de Istambul, Vieira esteve em Bancoc, cidade de maioria budista e que ele classifica como hedonista e libertária. Em Jacarta, localizada no país muçulmano mais populoso do mundo, Vieira se deparou com uma cidade bastante tradicional e com poucos turistas. Já nas Filipinas, ele foi a Manila, de colonização espanhola e maioria cristã. No Japão, por sua vez, encontrou a maior de todas as cidades, Tóquio, com 37,5 milhões de habitantes. “Do alto, até onde a vista alcança e para além, é como se todo o planeta fosse coberto por este único tecido urbano infinito”, filosofa.

Moscou, na Rússia.

Tuca Vieira.

O fotógrafo se mostrou, ainda, impressionado com o gigantismo do território russo e os dramas da história que acabaram criando Moscou, uma cidade monumental, mas incapaz de esconder por completo dos visitantes seus momentos de delicadeza. “Cúpulas multicoloridas em forma de cebola convivem com a brutalidade de imensos blocos monocromáticos“, destaca.