Tecnologia de Ponta
Cândido Albuquerque aponta principais inovações da UFC para os próximos anos
Por Pompeu - Em 13/04/2020 às 7:22 PM
No atual cenário, o papel da Universidade Federal do Ceará (UFC) vem sendo de modernização e apoio em quatro principais segmentos: ensino, pesquisa, extensão e internacionalização. Quem nos garante isso é o atual Reitor, Cândido Albuquerque, nomeado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Estou à frente da UFC há seis meses, há muito a se fazer, mas já estamos trabalhando e mostrando potencial”, garante. Segundo afirma, a herança deixada para a atual gestão foi bastante complicada. “Algumas obras estão inacabadas. Para se ter ideia, em Itapagé, existe um campus universitário completo que nunca funcionou. Agora, vamos colocar em atividade”, revela.
Entre outras medidas essenciais estão a criação de um condomínio do empreendedorismo, uma agência de inovação, um instituto de inteligência artificial e a construção de onze novos laboratórios. “Estamos indo para o mesmo local onde já estão as grandes universidades do mundo. É preciso que haja um diálogo permanente para a troca de conhecimentos. O grande legado dos meus primeiros seis meses como Reitor foi fazer com que a sociedade assimilasse essa ideia da inovação”, assevera.
Participação da UFC no combate à pandemia
Já tendo sido aluno, professor de direito penal, chefe de departamento e coordenador do núcleo de práticas jurídicas, Cândido afirma conhecer muito bem o papel da Universidade dentro da sociedade. Por essa razão, nesse atual momento de pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, a UFC adquiriu um papel social ainda maior.
Para colaborar com o Governo do Estado, dois aparelhos da Universidade foram cedidos ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para auxiliar nos testes de pacientes e 64 leitos foram emprestados para atendimento às pessoas em tratamento contra o vírus. Além disso, com o uso de três máquinas da própria Universidade, exames que testam a doença estão sendo feitos no campus. Outra novidade é a parceria com a Unifor, Funcap, Fiec e Senai, para o desenvolvimento de um aparelho chamado “capacete de respiração assistida”, que substitui, em 50% dos casos, a necessidade do respirador artificial.
A UFC também está em processo de finalização de uma plataforma de pesquisa para auxiliar nas principais medidas de enfrentamento ao Covid-19. “Eu integro o Comitê de Enfrentamento da Crise do Governo do Estado. Sei a responsabilidade que a Universidade tem com a melhoria de vida das pessoas. Temos muitos projetos com os Governos Federal e Estadual e, também, com grandes empresas, para a produção de novos conhecimentos”, afirma Albuquerque.
Responsabilidade Social
Desde o seu primeiro dia como Reitor, Cândido ressalta que um de seus principais objetivos era o de requalificar e qualificar a própria sociedade, transformando as pessoas em especialistas, técnicos e pesquisadores, apresentando soluções e mudando o perfil da sociedade como um todo.
Além do Hospital Universitário Walter Cantídio e da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, que prestam serviço de excelência a população cearense, o apoio ao aluno é algo de grande importância para a atual administração. Além das residências e dos restaurantes universitários, outra grande preocupação é com a melhoria contínua da assistência médica a esses estudantes.
Para isso, juntamente com o vice-reitor, Glauco Lobo, está criando um Núcleo de Assistência Médica para atendimento aos alunos. O equipamento funcionará em um prédio que já abrigou uma das residências universitárias da UFC e que, em pouco tempo, passará a ser um completo centro de assistência médica, com diversas especialidades.
Relação com o Presidente
“Sou muito grato ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança ao me indicar Reitor. Para ele, as pessoas precisam vencer pelo mérito. Por isso, exige que as Universidades produzam conhecimento. O Presidente quer que o dinheiro público seja tratado com respeito, que haja inovação e tecnologia”, diz. Cândido afirma acreditar no potencial do Governo Federal, principalmente, por conta da equipe que auxilia o Chefe do Executivo.
“O presidente recebeu o Brasil numa situação dificílima: 14 milhões de desempregados, economia fragilizada. Ele começou montando uma equipe de primeira qualidade, ministros muito competentes”, analisa. E completa: “Reverter o quadro econômico atual é difícil, mas a equipe está indo no caminho certo e está mostrando que é possível fazer política de maneira ética, sem protecionismo”.
Quando questionado sobre os planos para o futuro, o Reitor é categórico: “O meu compromisso é fazer com que a UFC sirva de exemplo, mostre que é um local de produção de conhecimento e não um ringue para que se façam disputas ideológicas. Não que a universidade seja neutra, mas ela não pode ser partidária. Meu sonho é de que ela se torne a melhor do Brasil. Nós temos potencial para isso”.