ECONOMIA
Perdas do comércio no Ceará chegam a R$ 2,98 bilhões durante a pandemia
Por Marcelo - Em 01/05/2020 às 2:04 PM
Um levantamento realizado pela CNC revela que o comércio registrou perdas de R$ 2,98 bilhões em todo o Estado, devido às medidas de isolamento social decretadas pelo Governo do Ceará, além de prefeituras, determinando o fechamento dos estabelecimentos neste período de pandemia de coronavírus.
Trata-se de um recuo de 49,3% segundo o mesmo estudo, realizado entre os dias 15 de março e 18 deste mês, que representou, até agora, o ápice das medidas mais restritivas em relação à mobilidade das pessoas, gerando forte impacto no setor comercial brasileiro.
Alguns estados já começam a flexibilizar determinados setores produtivos, seguindo a orientação do Governo Federal. No Ceará, o último decreto governamental tem validade até a próxima terça-feira (5), e o governador Camilo Santana ainda está analisando todas as variáveis que influenciam esta decisão, uma vez que os números do coronavírus continuam crescentes, principalmente em Fortaleza.
Além das lojas, bares, restaurantes, shopping centers e outros equipamentos, o Ceará também sofreu forte impacto com a drástica redução do turismo, um de seus vetores de desenvolvimento. Não bastasse a queda brutal no volume de turistas que vêm a passeio e lazer, o setor de feiras, congressos e eventos também foi impactado fortemente, junto com o setor de hotelaria e receptivos.
Falando estritamente sobre o comércio varejista cearense, o Estado aparece na sétima colocação no ranking que demonstra aqueles que mais perderam vendas nesse período. O líder, naturalmente é São Paulo, que registrou perdas da ordem de R$ 26,58 bilhões.
E se falarmos em nível Brasil, o resultado é ainda mais desalentador, com uma retração na casa dos R$ 86 bilhões. E tudo isso, obviamente, repercutirá nos postos de trabalho pois, segundo o estudo da CNC, esta situação deve fechar 2,2 milhões de vagas celetistas.
“As perdas coincidem com os anúncios de diversos decretos estaduais e municipais determinando o fechamento de estabelecimentos comerciais a partir da segunda quinzena de março, bem como com a adoção do isolamento social – medida que restringiu significativamente a movimentação dos consumidores”, destacou o estudo da CNC.