O novo corte na Selic de 0,75% realizado pelo Banco Central, trouxe o Brasil, um país que historicamente teve uma taxa de juros muito elevada, para o menor valor de sua história, ficando em 2,25%, o que muda radicalmente o horizonte dos investidores e dos poupadores brasileiros.

Lauro Chaves destaca a importância das análises de risco e retorno         Foto: Portal IN News

“Para quem tem recursos no mercado privado, a dica é analisar com muito cuidado as oportunidades de investimentos no setor produtivo, para reduzir os riscos de haver prejuízos, profissionalizando as análises de risco e retorno. E isso é uma expertise dos economistas, que já estão sendo demandados pelos investidores”, disse o conselheiro do Cofecon, Lauro Chaves Neto.

Na hora que há uma Selic tão baixa, no capital internacional houve uma saída muito grande de recursos especulativos nos últimos 18 ou 20 meses, que estavam aqui por causa dos juros altos. Isso é negativo porque sai dinheiro do mercado financeiro, mas que não estava aplicado no setor produtivo.

“Entretanto, há outro fator positivo, pois o Brasil entra no radar do capital produtivo internacional, facilitando a atração de investimentos estrangeiros para o setor voltado à produção, o que pode ajudar o nosso País na retomada da economia”, destacou.

E no mercado nacional, esses sucessivos cortes na Selic forçarão muitos empresários que estavam com recursos alocados dentro do mercado financeiro a investirem nos seus negócios ou buscar novas oportunidades, diversificando a sua empresa, o que é muito positivo.

“Os juros baixos trazem um problema pois, para gerar investimentos é preciso gerar poupança, e com os juros em baixa, não há estímulos para o reforço da poupança privada. E com a queda da renda e aumento do desemprego, cria-se um limitador do mercado consumidor e da poupança interna. É preciso haver um equilíbrio”, asseverou Lauro Chaves.