Em um movimento que agitou o mercado da moda nacional, o Grupo Soma conseguiu arrecadar R$ 1,8 bilhão com o IPO realizado na B3, recursos esses que serão utilizados em novos investimento para ampliar ainda mais sua atuação no Brasil e realizar novas aquisições. Com o resultado, sua estreia na Bolsa de Valores brasileira levou a companhia a um valor de mercado superior a R$ 4,4 bilhões, devido à precificação dos papéis terem ficado em R$ 9,90 por ação.

Farm Rio tem roupas com cores vibrantes e muitos grafismos                         Foto: Divulgação 

A Soma é proprietária de marcas famosas no universo da moda feminina nacional, como Animale, Farm e Maria Filó. Uma curiosidade é que a Farm está tão consolidada entre o seu público consumidor, que chegou a construir uma loja em Ipanema, sem vitrine e no subsolo.

Um dos segredos das marcas do grupo é que ele já operava fortemente no e-commerce, com uma estratégia de omnichannel muito bem estruturada, catapultando as vendas no período da quarentena. Tanto que possui uma divisão completa de inovação digital, batizada de Soma Labs.

Prova disso é que há cinco anos já havia desenvolvido o “código vendedor”, utilizado pelos vendedores das lojas físicas para ampliar a comercialização de toda a linha pela internet, usando um código promocio, Singapuranal individualizado e gerando comissões.

A ideia deu tão certo que este código, chamado de “social selling”, possibilitou que influencers passassem a vender os produtos das marcas e uma delas afirmou receber R$ 30 mil mensais em comissões. Outro fato relevante é que esse tipo de operação representou quase 12% do faturamento do Grupo Soma em 2019.

Tudo isso chamou a atenção de fundos de investimentos como: Atmos, Constellation, GIC (fundo soberano de Singapura), Opportunity e VELT Partners. O IPO foi coordenado pelo Itaú (líder), além de XP Investimentos, JP Morgan e Bank of America-Merrill Lynch.