Eduardo Diogo lembrou que o ato de empreender é muito complexo        Foto: Portal IN News

O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Eduardo Diogo, participou na noite desta quinta-feira (3) de um webinar produzido pela TrendsCE com o tema: “Simplificar a vida de quem produz e gera emprego e renda”. Junto com ele participou do debate o assessor econômico da FIEC e conselheiro do Cofecon, Lauro Chaves Neto, contando com a mediação do jornalista Pery Negreiros, que integra a equipe da plataforma TrendsCE.

“Esse é um desafio constante de todo o ordenamento de melhorar a atividade empreendedora do nosso País. Um aspecto que pode condensar isso é o ambiente de negócios, provendo segurança jurídica, registros, licenciamentos, questões tributárias. O ato de empreender é muito complexo, pois envolve riscos de recursos próprios ou por meio de empréstimos, para gerar emprego e renda. Então, os empreendedores devem ser apoiado”, disse Eduardo.

Já Lauro Chaves ressaltou que na questão tributária é preciso haver uma simplificação, retirá-la do consumo e colocá-la sobre a renda e o patrimônio. “Mas para haver essa simplificação é preciso olhar para dentro e fora do negócios. E dentro deles estamos num momento que a transformação digital das empresas permite uma simplificação e uma agilidade que o mundo nunca viu antes. E o pequeno negócio tem de entender que essa transformação é acessível para todos”, destacou.

Lauro Chaves e Pery Negreiros debateram com Eduardo Diogo no TrendsCE

Sobre o apoio às micro e pequenas empresas, Diogo ressaltou que o Brasil tem 17,3 milhões de micro e pequenos empreendedores e o Sebrae tem uma rede com quase 40 mil pessoas no Brasil que trabalham para promover o desenvolvimento dessas empresas. “Precisamos aumentar a produtividade das micro e pequenas empresas brasileiras, que está muito aquém dos níveis das grandes, nos padrões da OCDE, para que possamos crescer cerca de 3% a 4% ao ano, ao longo de uma década”.

Lauro Chaves salientou que o principal desafio é desenvolver os recursos vocacionais, humanos e conexões de cada território, para poder desenvolver a geração de emprego e renda. “Se trabalharmos o desenvolvimento territorial de forma estruturada, como o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, geramos uma gama de oportunidades de trabalho”.
Ainda na questão da produtividade, o diretor do Sebrae lembrou que o Brasil já teve cerca de 40% da produtividade das empresas norte-americanas na década de 80, mas isso caiu e, hoje, temos cerca de 24%. “Isso mostra, objetivamente, um pouco do nosso grande desafio, No Ceará temos um Sebrae de excelência, que tem feito um trabalho muito bom, em especial no caso da Companhia Siderúrgica do Pecém, que é um destaque no Ceará e realizamos um encadeamento produtivo. E, também, o grande grupo empresarial cearense, que é o M. Dias Branco”, lembrou Eduardo Diogo.

Para completar, ressaltou uma parceria entre o Sebrae e o Governo do Ceará, dentro da vertente da desburocratização. “É um convênio de R$ 19,8 milhões, juntamente com a Jucec, que é o empreendedor digital. São soluções tecnológicas, ágeis, sem interrupção, mesmo com a pandemia. E há outros estados que estão utilizando este sistema. A pandemia impactou nossas vidas de modo determinante. E a gente precisa promover a inclusão intelectual e comportamental do empreendedor brasileiro”, completou Eduardo Diogo.