A Fundação Oswaldo Cruz já está produzindo em larga, na sua unidade do Rio de Janeiro, vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca. Com esse processo fabril, terá capacidade de entregar ao Ministério da Saúde, ainda este mês, cerca de 3,8 milhões de doses.

Inicialmente uma linha de produção foi colocada em funcionamento nesta segunda-feira (8), conseguindo fabricar 300 mil doses por dia, mas este volume será ampliado de forma crescente. E com a entrada da segunda linha, até o fim do mês, sua capacidade fabril deverá chegar a um milhão de doses diárias.

Instituto Bio-Manguinhos já iniciou a produção das vacinas                             Foto: Divulgação

Essa situação vai acelerar o processo de vacinação da população brasileira nos próximos meses e, de acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a expectativa é fabricar 112 milhões de doses do imunizante até o fim de julho, no Instituto Bio-Manguinhos, ue faz parte da Fiocruz.

Ele ressaltou, ainda, que o Governo Federal tem buscado acelerar a aquisição de novas doses de vacinas junto a outros países e laboratórios, para ampliar as ações do Programa Nacional de Imunização em todo o território nacional.

Os testes de consistência e estabilidade das vacinas produzidas demoram cerca de 15 a 20 dias, mas a Fiocruz já encaminhou à Anvisa toda a documentação necessária para que seja emitido o registro definitivo do imunizante produzido no Brasil, fato que deve ocorrer nos próximos dias.

Quando toda a logística de produção da Fiocruz estiver organizada e as vacinas estejam devidamente registradas junto à agência reguladora, a expectativa é que no mês que vem haja um fluxo contínuo de fabricação, o que possibilitará entregas semanais de imunizantes ao Ministério da Saúde.