VOTO IMPRESSO

Presidente do Senado afirma que as eleições presidenciais são inegociáveis

Por Marcelo - Em 22/07/2021 às 7:54 PM

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, reagiu às ameaças à realização de eleições presidenciais em 2022 atribuídas ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. Reportagem publicada nesta quinta-feira (22), do jornal O Estado de S. Paulo, sustenta que Braga Netto disse ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que não haverá eleições no próximo ano sem a aprovação do voto impresso pelo Congresso.

Rodrigo Pacheco diz que decisão cabe ao Congresso                    Pedro França/Agência Senado

Em sua manifestação, o presidente do Senado ressaltou a clareza do texto constitucional. “Discussões sobre o sistema político-eleitoral, formas de financiamento de campanhas, voto eletrônico ou impresso, entre outros temas, cabem ao Congresso Nacional, a partir do debate próprio do processo legislativo e com respeito às divergências e à vontade da maioria”, disse Pacheco.

Por meio de uma nota oficial, o ministro da Defesa emitiu opinião sobre o sistema eleitoral e negou que tenha usado interlocutores para se comunicar com o presidente da Câmara, conforme afirmou a reportagem do Estadão. Braga Netto desmentiu, de maneira veemente, que tenha feito qualquer tipo de ameaça.

O presidente do Senado acrescentou: “Seja qual for o modelo, a realização de eleições periódicas, inclusive em 2022, não está em discussão. Isso é inegociável. Elas irão acontecer, pois são a expressão mais pura da soberania do povo. Sem elas não há democracia e o País não admite retrocessos”, salientou Rodrigo Pacheco.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso declarou pelo Twitter que, em conversas com Walter Braga Netto e com Arthur Lira, “ambos desmentiram, enfaticamente, qualquer episódio de ameaça às eleições”. O deputado Arthur Lira afirmou que o voto popular, secreto e soberano será exercido “a despeito do que sai ou não na imprensa”. (Agência Senado)

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