EX-PRESIDENTE DA CVM
Foro com Teixeira da Costa discute as interferências do governo nas estatais
Por Marcelo - Em 23/08/2021 às 9:55 AM
O Foro Inteligência promove nesta quarta-feira (25), o debate “O limite da intervenção do Estado em empresas de economia mista”, com a participação do ex-presidente da CVM e integrante do Conselho Empresarial da América Latina, Roberto Teixeira da Costa. O evento online será transmitido a partir das 19 horas pelo Facebook da Insight Inteligência: https://www.facebook.com/RevistaInsightInteligencia.
Dentre os principais temas a serem abordados estão: os impactos das interferências dos governos nas corporações em que o ente público é o controlador; o papel do mercado de capitais; o uso das empresas como instrumentos de política pública; as resistências em torno das privatizações; o avanço do processo de governança corporativa após a Lei das Estatais, e a agilidade na tomada de decisões em empresas pulverizadas.
O ex-presidente da CVM afirma não ser possível compatibilizar os interesses das empresas controladas pelo governo, os do País e os dos acionistas minoritários. No caso da Petrobras, ele defende o fechamento do capital da estatal como uma alternativa mais viável à solução que considera a ideal, que seria a privatização.
“A Petrobras deveria ser privatizada. Se isso acontecesse, ela passaria a valer muito mais, mas politicamente essa ideia não será aceita. Então, o melhor é que o estado ou compre tudo ou venda a sua participação”, afirma Teixeira da Costa. E acrescenta: “Abrir capital significa mudar a mentalidade de uma empresa.”
Segundo o ex-presidente da CVM, há uma condenação, em princípio, sempre que se defende a privatização de empresas estatais porque é pouco compreendida a compatibilização do fim social da empresa com a sua rentabilidade.
“Há necessidade de o governo ser o dono dos Correios? Já existem tantas empresas capazes de prestar esse serviço, certamente a privatização será menos custosa para o País”, defende o economista, que participará do webinar ao lado da advogada Maria Lúcia Cantidiano, mediadora do evento.