Ceará pode ser um Hub de interligação da Indústria 4.0
Por Admin - Em 27/06/2019 às 8:44 PM
O CEO da Angola Cables, António Nunes, destacou em sua apresentação no III Think Tanks Meeting, que Fortaleza é a segunda cidade do mundo onde chegam mais cabos de fibra óptica em uma única área, neste caso, a Praia do Futuro.
“O grande desafio é olhar para a economia, pensar fora da caixa e mudar a maneira de usar a tecnologia, sempre em benefício dos negócios das empresas”, ressaltou.
Ele lembrou que o paradoxos da economia mundial está em processo de mudança, em especial com a quarta revolução industrial, a Indústria 4.0, que é uma realidade em praticamente todos os continentes.
Ressaltou que todos os modelos de negócios vem ser pensados em nível global, pois o Brasil é um grande mercado e muitos países estão interessados em investir aqui. “Aqui há muito know-how em agricultura digital (agrotecnologia), portanto, isso pode ser comercializado com outros mercados”, disse.
“O mundo tornou-se uma aldeia global, interligada por meio das transmissões de dados, portanto há inúmeras oportunidades de negócios com o Hub tecnológico que aqui está a ser instalado”, asseverou o executivo.
Em sua apresentação, destacou que o Ceará é o terceiro estado do Brasil em relação à rede de tráfego de dados digitais, não muito distante do líder, São Paulo.
“O Ceará é um Hub natural de cabos submarinos e esta conectividade internacional tem uma grande possibilidade de se criar aqui, um Hub de interligação da quarta revolução industrial”, acrescentou Nunes.
A Angola Cables tem dois cabos submarinos de fibra óptica, que liga a África a Fortaleza (Sacs) e o Monet, que liga Miami a São Paulo. E inaugurou, no mês passado, o data center Angonap, que oferece uma série de serviços de armazenamento de dados em nuvem, conectividade internacional, segurança apropriada, e outros diferenciais competitivos.
“Abrimos para o investidor brasileiro, a África como um mercado acessível, pois com baixa latência e alta capacidade de conectividade, os negócios podem ser desenvolvidos a partir daqui, mas a entrega ser feita nos mercados africano, europeu e até asiático, numa forma muito mais eficiente”, destacou.
“Abriu-se um leque de oportunidades imenso, do ponto de vista do Brasil para outros mercados internacionais, fazendo com que determinado tipos de negócios que até hoje não eram possíveis de serem desenvolvidos aqui, passam a ser, como call centers de grandes multinacionais, fábricas de softwares, inteligência de dados”, concluiu António Nunes.
Data Center Angonap oferece uma série de oportunidades para os empresários cearenses
Foto: Divulgação