PARCERIAS E AUSTERIDADE
Roberto Cláudio afirma que união entre os gestores e responsabilidade fiscal garantem o desenvolvimento do Ceará
Por Marcelo - Em 11/11/2021 às 6:14 PM
O ex-prefeito de Fortaleza e possível candidato ao Governo do Ceará nas eleições de 2022, Roberto Cláudio participou do almoço de diretoria da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Fortaleza nesta quinta-feira (11), dizendo que a união existente no Ceará entre as principais lideranças políticas e empresariais é que tem feito o Estado ser destaque em nível nacional, nas mais diversas áreas, especialmente em gestão fiscal e educação. E que a responsabilidade fiscal é que tem garantido, há anos, o desenvolvimento do Ceará.
“É natural que as 82 melhores escolas públicas do País sejam do Ceará? Isso é resultado de uma união e um esforço pelo bem comum. Por trás de todo o sucesso do Estado, existem lideranças políticas e empresariais que uniram forças e que até podem pensar diferente, mas sempre atuando em prol do Ceará. Há uma perseverança na união das instituições e dos poderes, em defesa dos interesses do Ceará”, afirmou Roberto Cláudio.
O presidente da CDL de Fortaleza salientou que o ex-gestor municipal atuou de maneira muito aberta, ouvindo sugestões da iniciativa privada. “O Roberto Cláudio sempre foi muito aberto ao diálogo. O radicalismo, a incompreensão, é incompatível com a política e com a democracia. Temos de ter políticos que queiram o bem do município, do estado e da nação. E a gente vê no Roberto Cláudio uma pessoa do diálogo, fez um grande trabalho que o credencia a estar aqui hoje conosco, discutindo a questão pós-pandemia e o alicerce da democracia. É um homem que está preparado para a política, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo”, disse Assis Cavalcante.
Complementaridade
O ex-prefeito falou que as gestões privada e pública têm de trabalhar integradas e serem complementares, apesar de suas naturezas distintas na tarefa de administrar. Lembrou que as políticas públicas realizadas em determinada área têm ampla aceitação pela população do entorno, mas são vistas de forma contrária, se não explicar bem para o outro lado da cidade. E citou como exemplo as pesquisas de opinião das obras da Avenida Beira Mar e as pesquisas mostravam que a população a desaprovava, não entendendo-a como prioritária.
“Isso nos demandou um esforço de comunicação, para mostrar às pessoas que ela não era uma obra física, apenas de urbanismo e de um pedaço de 4,5 quilômetros da cidade. Ali é um parque industrial do turismo. Grande parte dos primeiros, segundos ou terceiros empregos de garçons, cozinheiros, taxistas, gente que trabalha na hotelaria, é na Beira Mar. Isso nos demandou a humildade de entender que nem sempre o bom argumento é claro para todo mundo e vencerá. Um dos aprendizados da administração foi entender que mais importante que apenas fazer, é fazer com as pessoas”. Lembrou, também, dos viadutos no final da Avenida Antônio Sales, em frente ao Parque do Cocó, que precisaram ficar prontos e serem utilizados, para derrubarem todos os argumentos contrários.
Sintetizou que ter sido prefeito de Fortaleza foi a maior experiência de sua vida e muito transformadora, pois já havia sido eleito vereador e deputado estadual. Está trabalhando a militância do partido no Estado, mas a definição de sua possível candidatura ao Governo do Ceará, acontecerá no ano que vem. “Ninguém chega pronto para coisa nenhuma na vida. Esses oito anos, pelo nível de pressão e expectativa que se tem em torno da Prefeitura. O prefeito vive a cidade literalmente de manhã, de tarde, de noite, de domingo a domingo. Mas o representante do Executivo que passa pelo Legislativo, chega mais maduro e menos arrogante, pois entende melhor o valor da crítica”, salientou.
Responsabilidade
Destacou que a responsabilidade fiscal é importantíssima para a gestão de cidades, estados ou países. “A tarefa de administrar bem é de todo dia, tomar conta de receitas e despesas. Dos oito anos do meu governo, cinco deles foram de recessão. E nós entregamos a gestão com as contas todas em dia, pagando todas as nossas dívidas, da gestão anterior e até algumas judicializadas do ex-prefeito Juraci Magalhães, e deixamos em caixa cerca de R$ 1,8 bilhão para investimentos no município. E foi isso que nos permitiu enfrentar o momento mais duro da pandemia, com muita perda de receitas, sem atrasar pagamentos a servidores e fornecedores”, explicou.
Também comentou que Fortaleza há pouco mais de 20 anos era a terceira economia da Região Nordeste, sempre atrás de Salvador e Recife, mas que essa realidade mudou há algum tempo. “Somos há quatro ou cinco anos, Fortaleza, o maior PIB do Nordeste. E não estou falando de mim, isso foi produzido por uma geração de ações públicas e privadas. Mas quem diria que em 20 anos a gente sairia do terceiro PIB do Nordeste para ser, consolidada e expandidamente, o maior PIB da região? Temos as melhores contas públicas do País. Quando alguém vem da Holanda ou da Alemanha, olha para isso, e o Ceará construiu este cenário e tem credibilidade. Temos o governador mais bem avaliado do Brasil. Isso tudo é produto de uma força coletiva e de um propósito comum”, celebrou.
E lembrou que a marca da responsabilidade fiscal, industrialização do Estado, compromissos assumidos e cumpridos com investidores internacionais, dos ex-governadores Tasso Jereissati, Lúcio Alcântara, Ciro Gomes, Cid Gomes, e agora com Camilo Santana, fazem do Ceará um exemplo para o Brasil de uma continuidade de ações em prol do desenvolvimento e melhoria de vida para a população. Comparou com o Pará, que tem extensa área territorial, clima mais favorável à produção agrícola, imensas jazidas de minério de ferro, portos, mas está numa situação pior que a cearense.
“Quando a política não dá o exemplo, quando o Estado começa a ser o devedor, começa a criar um ciclo de irresponsabilidade fiscal, de dívida, de instabilidade econômica, a vaca vai para o brejo. Aqui o que aconteceu na Covid, é produto do esforço de todos nós. Houve uma iniciativa sensata, serena e humilde do governador Camilo, de compartilhar responsabilidades com a criação do comitê em que tinha assento a CDL, a FIEC, a Fecomércio, alguns sindicatos, Judiciário, Legislativo, onde havia uma conversa técnica e a proposta comum era o Ceará. É isso que tem sido, para mim, uma característica muito forte do Ceará, a união em torno dos nossos interesses comuns. Sobre o pós-pandemia é preciso aposta em algo que reconstrua o Brasil a partir de ideias, mais do que negações. O caminho do progresso tem de ser de planos, de ideias e de propósitos, e não da negação dos outros”, completou Roberto Cláudio.