A XP tem ampliado cada vez mais o seu leque de possibilidades de investimentos e realizou mais uma jogada de mestre no apagar das luzes dos estádios em 2021, ao estrear num segmento que atrai a atenção de milhões de pessoas no Brasil e no mundo: o futebol. Afinal, depois de intermediar a venda do Cruzeiro para o craque Ronaldo Nazário, fechou também o contrato de capitalização do Botafogo, adquirido pelo empresário norte-americano John Textor.

Pedro Mesquita tem inserido a XP no munda das operações esportivas         Foto: Divulgação

Quem comandou as operações foi o head de Investment Banking da XP, Pedro Mesquita, que investiu tempo nas redes sociais visando atrair as atenções da torcida para a transação, principalmente por ter uma estrela revelada pelo clube mineiro, Ronaldo Fenômeno, como comprador.

A torcida apoiou e a negociação foi fechada, apesar de segundo alguns especialistas de mercado, Ronaldo Fenômeno estar em busca de novos investidores, para dividir a conta de R$ 400 milhões, que foi o custo da aquisição do clube de Belo Horizonte.

A entrada no segmento esportivo é estratégica para a XP, uma vez que os bancos tradicionais não dão muita atenção para clubes em dificuldades financeiras, que podem vir a se tornar uma opção de investimento, atraindo principalmente os torcedores. E a fórmula para ter sido mesmo uma tacada certeira, visto que outros times como Vasco e Bahia já buscaram informações a respeito.

Segundo o head de Investment Banking da XP, novas operações na área esportiva devem dar mais volume em fusões e aquisições à empresa fundada por Guilherme Benchimol, assim como aconteceu nas primeiras investidas no agronegócio. “Buscamos áreas com potencial em que os bancos de investimento davam menos atenção. O agro foi questão de sobrevivência, e deu certo. No esporte é um mundo novo para banco de investimento no Brasil, mas um mercado grande lá fora. E não vai ficar só no futebol”, asseverou Pedro Mesquita.