A empresária Tânia Bulhões, dona da marca de luxo que leva seu nome e tem coleções de perfumaria para casa e aparelhos de jantar, conseguiu captar R$ 100 milhões, ao vender uma participação minoritária de sua companhia para o fundo de private equity Treecorp, que ficará com dois assentos no Conselho de Administração, sendo um deles de Roberto Justus.

Com uma forte característica de administração familiar, a varejista mineira de Tânia Bulhões estava sob o comando de seu filho, Virgílio Castro Cunha, há quatro anos. E era exatamente este perfil de empresa que a Treecorp estava procurando, conforme destacou um de seus sócios, Bruno D’Ancona, elogiando a liderança e competência de Virgílio.

Tânia Bulhões iniciou o processo de internacionalização da empresa               Foto: Divulgação

Afinal, durante a sua gestão a companhia varejista saltou de cinco para um total de 20 lojas, registrando uma taxa de crescimento em vendas anual na casa dos 35%. Isso mesmo durante a pandemia de Covid-19, quando as pessoas passaram a comprar muitos produtos para suas casas de praia ou de campo.

Por causa disso, a expectativa para este ano é que a expansão das vendas da Tânia Bulhões possa atingir a casa dos 50% e registrar um faturamento de R$ 200 milhões. Inclusive, segundo Virgílio Cunha, junto com os sócios da Treecorp, já existem planos sendo traçados para um processo de internacionalização.

Até o fim de 2023, Tânia Bulhões deverá inaugurar uma loja conceito em Miami, que servirá de base logística para o seu e-commerce. Isso porque a empresa tem hoje 400 mil seguidores no Instagram e detectou que 10% deles são estrangeiros, realizando vendas para outros países quase todos os dias, em especial para os Estados Unidos e Oriente Médio.

E o portfólio de produtos da companhia mineira está em expansão, pois a marca lançou uma linha de de banho que inclui itens como esfoliantes, hidratantes e sabonetes líquidos, além de perfumaria pessoal, onde a Tânia Bulhões pretende ser referência de marca nacional de luxo, preenchendo uma lacuna do mercado, após três anos de desenvolvimento com a casa de fragrâncias francesa Firmenich, que tem clientes como Dior e Channel.