Uma medida excepcional, com o objetivo de evitar fortes impactos no mercado global deverá ser tomada pelo governo chinês, após analisar a proposta para a venda da maioria dos ativos da China Evergrande Group, gigante do mercado imobiliário daquele país asiático que possui dívidas bilionárias.

Desmonte da Evergrande tem a participação direta de Xi Jinping                  Foto: Divulgação

Segundo o plano de reestruturação levado a Pequim por representantes da província de Guangdong, onde a companhia tem sua sede, só ficariam de fora da operação de desmonte as divisões de veículos elétricos e de gestão imobiliária, pois estão em listagem separada e cujos empreendimentos valem cerca de US$ 9 bilhões.

Segundo fontes ligadas ao grupo liderado pela China Cinda Asset Management, estatal que atua na gestão de dívidas de recebimento duvidoso e uma grande credora da Evergrande, este grupo ficaria responsável por todos os imóveis que não forem comercializados.

Tudo depende da aprovação, ou não, do alto escalão de Pequim, com envolvimento direto do próprio presidente Xi Jinping, com o objetivo de evitar que o colapso da incorporadora com maior volume de dívidas do planeta possa abalar o mercado financeiro global e a própria economia chinesa. A participação de Xi Jinping ocorre porque este ano haverá transição na liderança do Partido Comunista Chinês.

Com os valores arrecadados com a vendas dos ativos da Evergrande seria realizado o pagamento dos credores, mas há muitas dúvidas sobre se os detentores de títulos da incorporadora chinesa e os bancos aceitariam os descontos que o governo chinês poderia impor nas tratativas. (Com informações da Bloomberg)