Open Finance

A nova bancarização

Por Admin - Em 01/02/2022 às 11:23 AM

O que é banco digital?

Nem é mais novidade. Mas, sim, um fenômeno que cresce no mercado bancário do mundo e do Brasil. O banco digital chega na sua rede social, no “velho” email,  whatsapp, na publicidade… Em todos os ambientes… Digitais. Estamos falando de uma  instituição financeira onde os clientes podem fazer tudo pelo aplicativo ou site, sem precisar ir até uma agência de banco. Opera 100% digital e você pode até abrir a conta pelo celular. No manual, está escrito que bancos digitais são instituições bancárias regularizadas pelo Banco Central e protegidas pelo Fundo de Garantidor de Crédito (FGC). E isto é bem importante. Os depósitos feitos em contas digitais têm a mesma proteção de um banco convencional. A diferença para o modelo tradicional é que os bancos digitais não têm agências físicas. Todo o processo desde a abertura de conta, incluindo movimentações e atendimento é feito de forma virtual, pelo aplicativo. Vantagens? Uma delas é a praticidade. Está à mão. Você não precisa enfrentar filas!!!!! Outra? Não tem tarifas. Mais um ponto a favor do banco digital são as possibilidades. Há tantas alternativas que basta escolher aquele que melhor se adapta à sua situação e suas necessidades para abrir a conta. Sucesso tão grande que os bancos convencionais já oferecem contas digitais aos seus clientes.

 

Compre um pra você…

Guilherme Benchimol, fundador da XP/Foto: Suno

O CEO da XP Investimentos, Guilherme Benchimol é pragmático. “Se não puder vencê-los, junte-se a eles”.  Ou: se os bancos digitais estão conquistando o mercado, compre um pra você. Foi essa a estratégia da XP quando decidiu fazer a aquisição do Banco Modal, um dos 10 maiores digitais em operação no Brasil. O negócio foi fechado por R$ 3 bilhões. Segundo Benchimol, a ideia é reforçar ainda mais a estratégia de crescer por meio da incorporação de novos negócios com alto potencial de sinergia.  A XP vai absorver 100% do capital do Modal e pagar a fatura com 19,5 milhões de ações, ou 3,5% da empresa. Os termos do acordo representam um prêmio de 35% sobre a média de preço das ações do Modal, que é listado na B3 nos últimos 30 dias. O Moddal está avaliado em R$ 1,96 bilhão, bem abaixo dos R$ 4,7 bilhões registrados na abertura de capital,  há oito meses.

 

No meio do caminho, tinha um banco.

O anúncio da compra do Modal pela XP foi feito no último dia 7 de janeiro. E aponta uma mudança de estratégia. Guilherme Benchimol vinha se concentrando em gestoras, escritórios de agentes autônomos e fintechs. A aquisição foi uma acelerada no passo. A saber: o Modal vinha crescendo como banco de atacado. Ao mesmo tempo, trabalhava para expandir também sua plataforma de varejo num mercado cada vez mais disputado. Em nota, as empresas afirmam que vão dinamizar “o processo de disrupção da indústria financeira no Brasil, caracterizada por um alto potencial de crescimento e poucos players dominantes.” O mercado reagiu bem. As ações da XP subiram 5% na Nasdaq. O papel do Modal também disparou mais de 40%. A transação agora depende de aprovações regulatórias. O Banco Central já tem em mãos o pedido do Itaú para exercer a compra de opções de parte da XP.  A expectativa da XP e do Modal é concluir a operação em até 15 meses.

 

Famílias unidas no digital?

Famílias Moreira Salles, Setúbal e Villela/Foto: Internet

Sim. A compra do Banco Modal acaba revelando a atuação conjunta das famílias proprietárias do Itaú, maior acionista da XP.  Unidas, elas avaliam que devem estar atentos para o movimento do segmento.  A competição é cada vez mais intensa não só entre bancos como também entre as digitais, como Nubank (que comprou a Easyinvest por US$ 425 milhões em 2020) e Inter. O negócio com o Modal reduz a concorrência e foi facilitado pela mudança para pior nas perspectivas para os chamados neobancos. O melhor exemplo foi a valorização do Nubank em sua abertura de capital. A instituição financeira estreou em Wall Street valendo mais do que o Itaú Unibanco. Mesmo tendo 48 milhões de clientes anunciados, o banco roxinho mal chegava ao lucro, resultado muito diferente da tradicional casa bancária controlada pelas famílias Villela, Setúbal e Moreira Salles.

 

Conta pelo smartphone.

É muito fácil ter uma conta 100% digital. Basta portar qualquer tipo de celular smartphone. É o mesmo processo de ler livros, ver filmes, ouvir suas músicas preferidas, aprender um novo idioma, chamar um táxi, carregar seu bilhete único ou resolver coisas de banco. Com a conta digital é a mesma coisa. Solução prática e segura para quem que não quer perder tempo em filas, nem ir até uma agência e quer fugir de todas as burocracias das contas de banco tradicionais.

 

 

 

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