O Brasil pode vir a se tornar uma alternativa para as sanções globais com relação à compra do petróleo e do gás provenientes da Rússia, devido à invasão da Ucrânia. Tanto que os Estados Unidos já pediram de maneira formal ao Ministério de Minas e Energia, que o País amplie a sua produção diária de petróleo.

De acordo com reportagem da Forbes Brasil, uma solicitação oficial foi realizada pela secretária de Energia norte-americana, Jennifer Granholm, ao próprio titular da Pasta, o ministro Bento Albuquerque. O objetivo principal seria evitar que o barril dessa importante commodity chegue aos US$ 200,00.

Brasil possui 13 plataformas em fabricação para ampliar sua produção            Foto: Divulgação

Isso poderia gerar impactos grandiosos em toda a economia global, especialmente de países que dependem do petróleo e do gás russos, ou aqueles considerados em desenvolvimento, que já tiveram suas economias fortemente afetadas pela pandemia de Covid-19 nos últimos dois anos.

O Brasil estaria programando a expansão de sua produção para três milhões de barris de petróleo por dia, além do gás, nos próximos dez anos. Apesar disso, segundo o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, este processo não pode ser acelerado para atender à demanda gerada pelo embargo aos produtos russos.

O problema é que a maior parte do petróleo brasileiro é produzido no pré-sal, em águas ultraprofundas, o que exige altos investimentos e mais tempo para poder realizar essa ampliação da extração. A Petrobras possui 13 plataformas em construção, mas ainda demora em três ou quatro anos para que sejam colocadas em operação.

Cada unidade dessas tem capacidade média para produzir entre 200 mil a 250 mil barris de petróleo por dia, o que representaria um acréscimo de cerca de 2,92 milhões de barris diariamente, ou o dobro da atual capacidade produtiva diária em todos os campos de extração do País, tanto onshore quanto offshore.