Diplomação, posse e eleição das mesas diretoras da Câmara e Senado
Por Admin - Em 24/01/2019 às 7:51 AM
Suplentes do senador Cid Gomes(PDT), Prisco Bezerra e Júlio Ventura serão diplomados, hoje, no Tribunal Regional Eleitoral- TRE-CE. E por falar do stakeholder do Grupo Carmais, o empresário Júlio Ventura troca de idade nesta quinta-feira, mas foge das comemorações.
Enquanto isso, Cid Gomes permanece em Brasília, onde articula um bloco suprapartidário com PSB, Rede e PPS que teria quinze senadores e seria, na opinião dele, capaz de atrair outras forças como PSDB, PP, PSD e DEM. Com isso, se formaria uma “espinha dorsal” no Senado que garantiria a eleição do presidente e os principais postos da Mesa Diretora.
A proposta de Cid é apresentar um manifesto que defenda mudanças no regimento da Casa e uma direção que não seja “nem situação automática nem oposição sistemática”, mantendo independência em relação ao governo. Pela proposta, a escolha do nome a presidente seria o último passo do processo. “Tasso concordou com isso”, disse Cid, que afirma considerar o tucano um “nome forte”.
A oito dias da posse dos novos deputados federais e senadores, e, por consequência, da eleição das mesas diretoras das duas casas, a expectativa é uma disputa fragmentada e pautada pela tensão em relação à participação do governo do presidente Jair Bolsonaro e do PSL nas articulações políticas.
No Senado, a grande divisão continua sendo entre ser a favor ou contra a volta do senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao comando da Casa. Renan, que oficialmente não diz ser candidato a presidente do Senado, acena ao governo Bolsonaro com a possibilidade de trabalhar pela aprovação de reformas e também conta com o ativo da eleição secreta, que diminui o custo político do voto nele, que responde a catorze inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao contrário da Câmara, a fragmentação é incomum no Senado, onde a disputa tradicionalmente acontece em uma composição entre os senadores de acordo com os tamanhos das bancadas. Desde 2001, todas as eleições foram vencidas pelo MDB – partido de Renan mas, também, origem de uma das opositoras, a senadora Simone Tebet (MDB-MS). E também não tiveram mais de três candidatos, sendo que as últimas cinco tiveram apenas dois postulantes
Na Câmara, onde é mais comum uma multiplicidade de candidaturas, ao menos nove nomes estão postos na disputa até o momento. Atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ) segue sendo o favorito, mas a aproximação com o PSL para suprir a falta de partidos como MDB e PP, grandes bancadas que estão despontando com nomes na disputa, acabou afastando o PT e dificultando acordos com os demais partidos à esquerda.
No partido do ex-presidente Michel Temer, o atual vice de Maia, Fábio Ramalho (MG), e Alceu Moreira (RS) estão colocados. No PP, os nomes são os do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros (PR) e do líder do partido, Arthur Lira (AL).
Os petistas articulam neste momento um bloco de oposição na eleição, que já inclui o PSB e PSOL e mira também PDT, PCdoB e Rede. Não é suficiente para eleger o presidente da Câmara, uma margem que exige cerca de 260 votos, mas basta para influenciar as eleições e, talvez, compor com outro candidato que se apresente como mais distante do governo Bolsonaro que Maia. Dentro desses partidos, João Henrique Caldas (PSB-AL) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ) se colocam como candidatos.
Maioria absoluta
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, para se eleger presidente do Senado, o candidato deverá alcançar, pelo menos, 41 dos 81 votos, o que corresponde à maioria absoluta dos senadores.
Caso contrário, a disputa irá para segundo turno com os dois mais bem votados.
Além da cadeira principal da Casa, estão em jogo outras seis funções na Mesa Diretora.
Júlio Ventura, Prisco Bezerra e Cid Gomes
Foto: Pompeu Vasconcelos – Portal IN