Os consumidores de energia elétrica do Ceará passam a pagar um reajuste médio de 24,88% nas suas contas a partir desta sexta-feira (22), conforme a autorização concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à distribuidora Enel no Estado. O aumento para o consumidor de baixa tensão será de 25,12% e para o de alta tensão de 24,18%.

Energia do setor industrial sofrerá um reajuste de 24,18% no Estado               Foto: Divulgação

O percentual foi considerado elevado, uma vez que no ano passado o reajuste médio concedido pela Aneel foi de 8,95% – sendo 8,54% para os consumidores de baixa tensão (residenciais e pequenos comércios) e de 10,21% para os de alta (grandes comércios, empresas e indústrias).

Apesar disso, de acordo com o diretor de Regulação da Enel Brasil, Luiz Gazulha, esse reajuste de 24,88% das tarifas de energia da companhia no Ceará, praticamente não será sentido. Ressalta que isso seria referente a custos de compra de energia e encargos setoriais, e que apenas 5% seriam referentes à parcela da empresa.

Lembrou que, este ano, haverá a finalização da Bandeira Escassez Hídrica, que praticamente anulará os impactos do reajuste nas contas dos consumidores cearenses. Ele diz que os percentuais são muito parecidos, já que essa bandeira representa cerca de 24% nas contas de energia no Estado.

Destacou que no ano passado a Enel investiu cerca de R$ 1 bilhão no Ceará, melhorando os indicadores técnicos comerciais da empresa. “Reduzindo em 27% a duração das interrupções do fornecimento de energia e de 18% na frequência dessas interrupções. Vemos que os investimentos estão fazendo efeito no Estado do Ceará”, afirmou.

E também salientou não acreditar em nova implementação da Bandeira de Escassez Hídrica no decorrer de 2022. “Não podemos trabalhar dois anos seguidos com a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. Estamos no final de abril, início de maio, e a temporada de chuvas ajudou bastante os nossos reservatórios”, completou Luiz Gazulha.