SOLUÇÃO SOLAR
Diretor do Sindienergia-CE, Bernardo Santana critica a composição da conta de energia no País
Por Marcelo - Em 21/04/2022 às 9:56 AM
O Brasil possui uma das energias mais caras do mundo, num ranking envolvendo 33 países, com preço de US$ 34,20 para cada 200kWh residenciais, de acordo com um estudo realizado pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). Além disso, esses altos custos acabam impactando em diversos setores produtivos, que necessitam desse importante insumo para poder trabalhar e gerar riquezas para o País.
Segundo Bernardo Santana, diretor de Regulação do Sindienergia-CE, infelizmente o bem energia elétrica representa 29,7% da conta de luz dos brasileiros. “Outros 32,2% são de impostos; 25,4% são pelo uso da rede de distribuição (Enel); 3,8% são referentes à transmissão (Chesf), e outros encargos representam mais 8,9%. Essa é a política pública que paga vários setores, por meio das contas de energia, inclusive uma parte do saneamento básico”, afirmou.
Ele destacou que o Sindienergia-CE está defendendo uma tese de que as contas dos grandes consumidores industriais tenham os custos relativos ao saneamento básico retirados de suas faturas. “Pois não tem nada a ver com o serviço que eles efetivamente estão utilizando, pois suas contas são elevadas e isso é inconstitucional. E os tribunais superiores, sediados em Brasília, já se mostraram favoráveis a esse pleito”.
Sobre o reajuste autorizado pela Aneel à Enel no Ceará, de 24,88% em média, que entra em vigor nesta sexta-feira, destaca que é muito elevado, até porque a inflação está em torno de 10,7%, e o reajuste foi muito acima disso. “Mas quem analisou e autorizou o reajuste foi a Aneel, que deveria ter prezado pela manutenção da elevação tarifária ao menos próxima da curva inflacionária e não mais que o dobro. Afinal os consumidores poderiam ter uma redução nas suas contas de 20%, com a saída da Bandeira de Escassez Hídrica e vão acabar tendo um reajuste de quase 25%. Além disso, a Enel saiu da 30ª para a oitava posição no ranking da energia mais cara do Brasil”, salientou o advogado.
Opção solar
Ele lembrou, ainda, que atualmente o consumidor tem a opção de reduzir a sua tarifa de energia ao alugar um sistema de geração solar fotovoltaico, sem a necessidade de investimento, como o que é oferecido pela FS Consultoria. “O cliente mostra a sua conta de luz, fazemos a locação do sistema conectado a uma usina solar, e ele passa a receber a energia. Então, ao invés de pagar para a Enel, acaba tendo um desconto, e poderá utilizar tais recursos em outras despesas”, informou Bernardo.
Como o investimento em energia solar ainda é caro, esta é uma opção bastante viável, para quem não quer ter custos elevados com a aquisição dos equipamentos. “Mas vale salientar que este serviço é compensatório para consumidores que possuem contas acima de R$ 3 mil ou R$ 4 mil mensais, como grandes escritórios, pequenas empresas, supermercados, oficinas, concessionárias, entre tantas outras empresas que já estão sendo atendidas pela FS Consultoria”, completou Bernardo Santana.