MINI elétrico é pura diversão ao dirigir mesmo em sua versão elétrica
Por Jota Pompílio - Em 18/05/2022 às 11:20 AM
Jota Pompílio, editor
Baixinho, esportivo, design único e de cores originais e alegres, podemos classificar o Cooper S E, da MINI, dessa forma, mas com um acréscimo: ele tá elétrico. Goste você ou não, os carros elétricos vão dominar o mundo e isso já está começando. E foi esse MINI movido à eletricidade, oferecido pela Haus Fortaleza, que passei uns dias com ele e olha, me apaixonei!!!!!!
Com 1.440 kg, o S E é pouco mais de 200 kg mais pesado que o modelo a combustão em virtude da bateria. Entretanto, essa diferença não é percebida devido à entrega de torque instantâneo comum aos elétricos. Por isso, a impressão é de que a arrancada e as retomadas são ainda mais ligeiras que as do carro movido a gasolina. E são! Parece um foquete quando dispara, isto é, ao sair da imobilidade. Embora nos repasse a ideia de pequeno, atrás cabem duas pessoas confortavelmente. Quase rente ao chão, ao dirigir, para quem já andou de kart, tem a sensação de “ter o modelo na mão”.
Aí uma curiosidade que percebi: como o modelo é hiper silencioso e algumas pessoas gostam de andar no meio da rua, muitas não escutam modelo se aproximar e é preciso buzinar, senão
Outra grande diferença são os freios regenerativos, que têm os modos high e low. Na prática, quando você tira os pés do acelerador, o carro já vai freando bem levezinho. Em alguns casos, ele para sem que seja necessário pisar no pedal de freio. Para mim, achei show de bola! Para quem não está acostumado, é preciso um certo tempo de adaptação. O compacto é adepto do conceito “um pedal”, em que o freio praticamente só é utilizado em situações de emergência ou parada total (como o BMW i3).
Dirigindo de forma civilizada, ele proporciona uma experiência bacana e o único ruído presente é o dos pneus Run-Flat no asfalto. Estão disponíveis os modos de condução Green, Green Plus, Mid e Sport. Os dois primeiros focados exclusivamente na eficiência e o Green Plus desliga algumas funções de conveniência (ar-condicionado e aquecimento dos bancos, por exemplo) em troca de maior alcance elétrico – o total é de até 234 km (ciclo WLTP).
Na pista, o Mini acelerou até 100 km/h em 7 segundos, menos até que o número divulgado pela marca (7,3 s). A agilidade nas retomadas também impressiona: ele leva apenas 2,7 s para ir de 40 km/h a 80 km/h.
São duas versões disponíveis: Exclusive e Top. A de entrada, por uns de R$ 240.000,00, você leva para sua casa. Não é tanta diferença para o Cooper S a gasolina, que parte de R$ 214.990. Desde o modelo de entrada há faróis de LED, ar-condicionado automático de duas zonas, central multimídia com tela de 8,8 polegadas sensível ao toque (compatível com Apple CarPlay, mas não com Android Auto) e teto solar panorâmico.
E na hora de encher o “tanque”?
O Mini Cooper S E acompanha um cabo adaptado com a tomada no padrão brasileiro. Na hora de abastecer, 80% da carga é obtida em 29 minutos em carregadores ultrarrápidos DC (50 kW), 2 horas e 10 minutos plugado em uma Wallbox (AC com 11 kW) e 14 horas espetado em tomadas residenciais aterradas de 220V (AC).
Vantagens e desvantagens
O bom de ter um MINI elétrico é que você nunca mais precisará enfrentar fila no posto de gasolina e gastará menos também. Para ter a carga 100% você pagará R$ 60.00 e poderá andar uns 180 quilômetros. O Carregamento pode ser feito na garagem de sua casa. Basta você ter uma tomada especial para ela com aterramento ou tem a opção de comprar uma independente por R$ 12.000,00.
Infelizmente ainda não existe no Brasil uma infraestrutura que seja capaz de atender os proprietários de carros elétricos — é um desafio e tanto tentar viajar mesmo com um modelo cuja autonomia seja de mais de 500 km, porque tudo deve ser muito bem planejado.
Um carrinho que roda por volta de 200 km acaba ficando restrito ao uso urbano. Mas é boa opção para quem precisa de um segundo carro em casa e quer experimentar um elétrico para os afazeres do dia a dia. O Mini elétrico faz qualquer tarefa chata ficar bem mais divertida! Ah, antes que eu me esqueça: a garantia do Mini Cooper S E é de dois anos e de oito para a bateria.