Após dois anos e meio de pandemia e com os casos de Covid-19 em constante redução, graças ao avanço da vacinação em todo o Brasil, as pessoas estão ávidas por viajar para reencontrar familiares, visitar amigos ou simplesmente conhecer novos locais. E essa retomada do dia a dia tem impulsionado fortemente um dos setores mais prejudicados durante a emergência sanitária, o turismo.

Ceará tem um dos principais destinos turísticos do Brasil, Jericoacoara             Foto: Divulgação

Tanto que no segundo trimestre a maior operadora do setor no País, a CVC, registrou um desempenho extremamente positivo, com suas reservas confirmadas representando alta de 124% em relação a igual período do ano passado e um total de R$ 3,8 bilhões. Sua receita líquida cresceu 133% de abril a junho e chegou a R$ 269 milhões.

De acordo com o CFO da companhia, Marcelo Kopel, o volume de vendas vem aumentando mês a mês, de forma consistente, não apenas para destinos domésticos, mas também no exterior. E de forma gradual, o turismo corporativo vem acelerando a realização de eventos, o que impacta positivamente na performance da CVC.

Obviamente que os números ainda estão abaixo do período pré-pandemia, mas essa diferença vem caindo todos os meses, tanto que no turismo nacional as vendas já estão em torno de 78% do que eram antes da Covid-19 chegar ao País. Já o turismo internacional já recuperou 68% dos volumes pré-Covid, mas a grande redução de voos do exterior, ainda não recuperada, impedem uma expansão maior.

Apesar de tantos números positivos e uma tendência de crescimento ainda maior até o final deste ano, o mercado tem algumas preocupações sobre a situação da companhia nos próximos meses, pois a CVC possui dívida bruta de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Essa questão, entretanto, vem sendo amenizada pelo CEO da companhia. “Uma dívida líquida de R$ 400 milhões para o tamanho da companhia, e com o mercado crescendo, me parece razoável“, afirmou Leonel Andrade, em entrevista para o Brazil Journal.