EXPANSÃO DE 11,4%

Bancos elevam projeção da carteira de crédito em 2022 pela quinta vez seguida

Por Marcelo - Em 23/08/2022 às 12:21 PM

Pela quinta vez seguida, os bancos elevaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022, passando de expansão de 10,4% para 11,4%, revela a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas. A melhora das expectativas pode ser atribuída aos bons números da atividade econômica até o momento e também ao efeito esperado de algumas medidas de estímulo implementadas recentemente, como, por exemplo, a ampliação margem do consignado.

Febraban realizou o levantamento junto aa 20 instituições financeiras            Foto: Divulgação

O levantamento da entidade, realizado com 20 bancos entre os dias 10 e 16 deste mês, é feito a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e reuniu as percepções das instituições financeiras sobre a última Ata e as projeções para o desempenho das carteiras de crédito para o ano corrente e o próximo.

“Mesmo se esperando um ano difícil, em razão de incertezas do cenário interno e externo, as expectativas para a expansão da carteira de crédito têm crescido a cada pesquisa. Avaliamos que os resultados favoráveis se devem à continuidade do processo de normalização da atividade econômica e às surpresas positivas no desempenho da economia neste processo de retomada”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

O destaque da nova revisão positiva é o desempenho esperado para a carteira com recursos livres, cuja projeção passou de alta de 13,1%, em junho, para 14%, se mantendo como o segmento de maior dinamismo. De acordo com a pesquisa, houve melhora da perspectiva tanto na carteira Pessoa Física (de 13,5% para 15,3%) quanto na de Pessoa Jurídica (de 12,4% para 13,0%), que tendem a se beneficiar mais do nível de atividade e consumo das famílias mais aquecido.

Taxa Selic

A pesquisa a Febraban mostrou que a maioria dos participantes (60%) entendeu como adequada a sinalização do fim do ciclo de alta da Selic pelo Copom. Para outros 35%, o colegiado não deveria ter feito tal sinalização, já que as projeções estão acima da meta, podendo levar a uma maior desancoragem das expectativas.

Sobre o trecho da ata que indica a avaliação de um ajuste residual na Selic na reunião de setembro, a maioria dos participantes (65%) afirmou que o comentário não alterou suas expectativas, com a maior parte (55%) mantendo a projeção de uma taxa final de 13,75% ao ano.

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