ATUALIZAÇÃO DA FROTA

Programa Renovar vai permitir maior competitividade no setor de transportes

Por Marcelo - Em 09/09/2022 às 6:20 PM

A lei que cria o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar) foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União (DOU), com três vetos. Seu objetivo é promover a renovação da frota de caminhões, ônibus, microônibus e implementos rodoviários, retirando das vias aqueles que já não estão mais em condições de rodar com segurança. Além disso, visa à redução de custos para o setor de logística, ampliando a competitividade e a produtividade, tornando o transporte rodoviário de cargas mais eficiente.

Caminhões mais velhos devem ser substituídos por veículos mais novos          Foto: Divulgação

Para o presidente em exercício do Setcarce e diretor Institucional da Fetranslog Nordeste, o objetivo primordial do Renovar é auxiliar os caminhoneiros autônomos na renovação dos seus equipamentos, pois a frota desses profissionais está muito defasada, implicando em altos custos. “E estamos vendo muitos caminhoneiros parando, por não terem condições de trabalhar. Com este programa, as empresas poderão renovar suas frotas, disponibilizando para os autônomos veículos seminovos, a fim de que possam trabalhar com maior tranquilidade”, disse Marcelo Maranhão.

Essa é a ideia inicial e inclui também os serviços de transporte de passageiros, principalmente as empresas menores, que realizam o trabalho no interior do Brasil. A frota nacional de caminhões autônomos, em sua grande maioria, tem em média 16 anos a 20 anos. E se as empresas adquirissem veículos novos e liberassem seus seminovos a um preço competitivo, poderia melhorar a prestação do serviço. Afinal, quanto mais velho o caminhão, mais ineficiente ele se torna, e em todos os sentidos: produtividade, custos, segurança, poluição.

Aluguel

Outra forma de proporcionar uma frota mais nova nas estradas é o aluguel de caminhões, tanto que Randon e Gerdau firmaram esta semana uma joint venture com o objetivo de investir meio bilhão de reais – R$ 250 milhões cada -, para oferecer esta opção. “Existe uma tendência mundial de se realizar o aluguel de veículos de carga. A Volkswagen tentou, há cinco anos, implementar um serviço de aluguel de caminhões com opção de compra no Brasil, mas não teve muito sucesso”, ressaltou o dirigente.

Também já está sendo verificado o início da uberização do transporte rodoviário de cargas, mas isso ainda está muito mais incipiente no Brasil. “Nos próximos cinco a dez anos deverá haver uma mudança na matriz energética dos caminhões, por veículos híbridos, elétricos, a gás ou hidrogênio. E a questão do aluguel pode pegar um gancho dentro dessa situação dos veículos com motores movidos a energia limpa. Inclusive já existe no Brasil um projeto para, até 2033, acabar com os lixões e transformá-los em usinas de produção de biogás, o que traria muitas vantagens”, completou Marcelo Maranhão.

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