MERCADO NORTE/NORDESTE
Ceará é destaque nas operações de fusões e aquisições no primeiro semestre
Por Marcelo - Em 15/09/2022 às 4:41 PM
O Ceará foi o destaque no cenário de fusões e aquisições realizadas por empresas do Nordeste. O Estado teve sete operações concretizadas no primeiro semestre deste ano contra seis no mesmo período do ano passado, um aumento de mais de 15%. Os dados são de um levantamento realizado pela KPMG, com 43 setores da economia brasileira.
Dessas sete operações realizadas no semestre passado, seis foram domésticas (entre brasileiras) e a outra foi de uma empresa estrangeira que comprou organização estabelecida no Brasil (tipo CB1). Elas estavam distribuídas pelos seguintes setores: tecnologia da informação (duas); além de instituição financeira; serviço público; companhia de serviço; educação; telecomunicação e mídia, cada um deles com uma operação.
Já com relação à região Norte, o destaque ficou com o Amazonas, que dobrou o quantitativo de negócios fechados no período. Nos primeiros seis meses deste ano foram duas transações, contra uma realizada no primeiro semestre de 2021. As duas operações de fusões e aquisições, até junho, foram domésticas (entre brasileiras) nos seguintes setores: companhias de internet e telecomunicação e mídia.
“Mesmo em um cenário ainda desafiador, as empresas do Ceará e do Amazonas conseguiram se manter atrativas para os investidores e se destacaram em setores estratégicos para as regiões Norte e Nordeste. A expectativa é de melhora contínua para os próximos períodos”, analisa o sócio de Mercados Regionais da KPMG, Paulo Ferezin.
Nível nacional
A pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.014 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano em todo o Brasil, um aumento de mais de 25% se comparado com o mesmo período de 2021. Destas, 461 aconteceram de abril a junho. Esse volume representa mais de 50% dos negócios concretizados em todo o ano passado (1.963), quando havia sido registrado um recorde anual das últimas duas décadas.
“Observamos que houve um aumento no movimento de compra e venda de empresas no Brasil nos dois primeiros trimestres deste ano em relação aos mesmos períodos de 2021, o que ainda sinaliza um ano forte. Entretanto, o segundo trimestre registrou queda de quase 17% em relação ao primeiro. Sendo assim, apesar da boa perspectiva para este ano, se mantida essa tendência de desaceleração, estaremos um pouco mais longe de ultrapassar o recorde registrado em 2021. Importante aguardar o resultado do terceiro trimestre para termos uma visão melhor deste cenário”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.