Forças Armadas – Foto Divulgação

Sem embasamento legal, militares da ativa das Forças Armadas se engajam em manifestações antidemocráticas realizadas por grupos de apoiadores de Bolsonaro (PL). Os protestos, iniciados logo após o resultado do pleito, contestam a legitimidade do processo das eleições presidenciais de 2022, que deu a vitória ao candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, com uma diferença de 2,1 milhões de votos a mais que o atual presidente.

Os oficiais e praças do Exército, da Marinha e da Aeronáutica passaram a apoiar de forma direta, sendo flagrados em atos presenciais no entorno de quartéis, vigílias, e ainda com declarações polêmicas em redes sociais, instigando a participação dos manifestantes. O comportamento, passível de punição como transgressão disciplinar, já era motivo de preocupação nas cúpulas militares.

De acordo com o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, a orientação dada aos subordinados, durante reunião com os generais da ativa, é que o efetivo não deveria se envolver em manifestações. Assim como ficou acordado que não seria tomada nenhuma medida de força para reprimi-las, também não deveriam estimular os manifestantes.