Economia

Ibovespa opera em baixa, em dia de decisão do Copom sobre taxa de juros

Por Viviane Ferreira - Em 07/12/2022 às 4:27 PM

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em baixa nesta quarta-feira (7), dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). As expectativas do mercado são de que o colegiado mantenha a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao anos.

Às 15h10, o índice tinha recuo de 0,69%, caindo aos 109.429 pontos.

No mesmo período, as ações da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa, registrava forte queda de 3,94%, puxando o índice para baixo. A baixa dos papéis da companhia e de outras mineradoras acontece em meio a uma desvalorização do minério de ferro nos mercados internacionais.

No dia anterior, o Ibovespa registrou alta de 0,72%, a 110.189 pontos. Com o resultado, o índice tem queda de 2,04% no mês. No ano, entretanto, acumula alta de 5,12%.

O que está mexendo com os mercados?

Na agenda interna, os investidores aguardam pela definição da nova taxa Selic pelo Copom no início da noite desta quarta-feira. As expectativas do mercado apontam para a manutenção dos juros no patamar de 13,75% ao ano.

Em relatório elaborado por Caio Megale e Tatiana Nogueira, os economistas da XP Investimentos destacam que o comunicado a ser divulgado após a reunião do Comitê, junto a nova Selic, deve reforçar um compromisso do BC de continuar acompanhando a dinâmica da inflação no Brasil para a determinação do rumo da política monetária no próximo ano.

Os economistas pontuam que os dados econômicos divulgados desde o último Copom mostraram estabilidade na maioria dos indicadores e trouxeram surpresas baixistas para a inflação.

“Em contrapartida, as discussões fiscais em torno da PEC da Transição aumentaram o risco de gastos maiores do que o esperado no próximo ano, e uma dinâmica de despesas (e de dívida pública) nos anos seguintes. Se esse risco se materializar, as expectativas de inflação de médio prazo (2024) […] podem ficar mais pressionadas”, ressalta o relatório.

Ainda no cenário doméstico, investidores repercutem a aprovação da PEC da Transição pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na véspera. O texto aprovado apresenta três principais mudanças em relação à versão inicial da proposta da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira delas é o valor do espaço adicional dentro do teto de gastos para custear o Bolsa Família de RS$ 600, mais um auxílio de R$ 150 por criança de até seis anos de idade. Na proposta do governo, esse valor era de R$ 175 bilhões, mas o texto final aprovou R$ 145 bilhões.

Além disso, o prazo de vigência dessas regras do valor extra no teto de gastos para o Bolsa Família caiu de quatro para dois anos. O texto prevê também que o governo eleito terá um prazo de oito meses (até agosto de 2023) para apresentar ao Congresso uma proposta de “novo regime fiscal”.

Fonte: G1

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