Exposições do Fotofestival Solar seguem em cartaz para visitação gratuita na Pinacoteca do Ceará

Por Gabriela - Em 20/12/2022 às 2:33 PM

Quando O Vento Sopra Lisandro Suriel 3

Quando O Vento Sopra – Lisandro Suriel

Após o sucesso da programação durante os seus cinco dias de realização, o Fotofestival Solar, encerrado no último domingo, dia 11 de dezembro, deixou um presente para fortalezenses e turistas em visita à capital cearense. Três exposições que fizeram parte do festival, Negros na Piscina, Cosmopolíticas e Vento Solar: Quando o vento sopra, permecem montadas e abertas a visitação gratuita no espaço da recém-inaugurada Pinacoteca do Ceará, instituição que integra a Rede Pública de Equipamentos da Secretaria da Cultura do Governo do Ceará, durante os meses de dezembro a maio de 2023.

Em exposição até o dia 7 de maio de 2023, a mostra “Negros na Piscina” reúne trabalhos de cerca de 60 artistas brasileiros de diferentes linguagens artísticas e se refere a uma outra paisagem de Brasil. Uma que não existe ainda, mas que está sendo construída por muita gente. Paisagem social e afetiva em que corpos pretos, indígenas e travestis, entre outros vários igualmente negros, possam ter direito a trabalho e a descanso. E a muito mais. Uma paisagem em que lhes caiba e lhes pertença uma possível felicidade – coisa abstrata à qual é dada concretude por quem a busca.

A curadoria está sob a responsabilidade do pesquisador e escritor Moacir dos Anjos e da jornalista, professora e escritora Fabiana Moraes. A mostra conversa com a exposição “Terra em Transe”, realizada pelo Solar em sua primeira edição em 2018: na ocasião, 600 imagens de 60 fotógrafos apresentavam uma linha do tempo brasileira do começo do século 20 até o mundo pandêmico do século 21.

Já “Cosmopolíticas”, em cartaz até 5 de fevereiro,  tem como proposta inicial colocar em diálogo obras de artistas brasileiros que trabalham na fotografia questões em torno da política da natureza em seus mais variados elementos, através dos corpos, das ausências e dos territórios. Cada pessoa, à sua maneira, cria formas específicas para colocar em prática essas composições. A cosmopolítica não tem a ambição de pacificar; pelo contrário, ela quer tornar toda negociação mais complicada, já que cada vez mais seres precisam ser consultados para a formação de um arranjo conjunto.

A realização é uma parceria com o Foto em Pauta, festival de fotografia de Tiradentes (MG), com curadoria de Pedro David (MG) e João Castilho (MG). Foram selecionados 12 participantes, incluindo uma dupla e um coletivo.

Por sua vez, a mostra “Quando o Vento Sopra”, em cartaz até 8 de janeiro, apresenta uma coleção de imagens de autores internacionais e propõe uma reflexão sobre a importância dos sonhos e seu poder transformador – não apenas na dimensão de devaneio ou delírio, à qual o sonho foi reduzido pela lógica neoliberal, mas em seu significado mais amplo: de imaginar realidades e futuros possíveis. Não ter medo de SONHAR é um tema indispensável para a compreensão do nosso tempo e que se alastra para todos os domínios da vida política, econômica, social e cultural. A curadoria é de Ângela Berlinde.

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