A gigante do setor calçadista brasileiro Grendene – dona de marcas reconhecidas em todo o País como Rider, Melissa, Ipanema, Cartago, dentre outras -, completou 52 anos de existência neste fim de semana e segue ocupando posição de destaque, tanto no mercado interno quanto no externo.

Grendene tem uma grande unidade fabril e sede administrativa em Sobral       Foto: Divulgação

Além disso, tem um motivo a mais para comemorar, obteve uma vitória na Justiça, em última instância, que lhe permitirá não incluir benefícios fiscais concedidos pelo Ceará em sua base de cálculo para o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

E a decisão judicial final deverá representar uma distribuição mais robusta de dividendos para os acionistas da companhia, podendo até dobrá-los. Fundada pelos irmãos Alexandre e Pedro Grendene em 25 de fevereiro de 1971, na cidade de Farroupilha, hoje a companhia possui unidades fabris no Ceará (9), Bahia (1) e Rio Grande do Sul (1).

Antes desta vitória judicial, a única possibilidade de não realizar o recolhimento de impostos sobre o crédito fiscal era deixá-lo na chamada conta de reserva de lucros. De acordo com informações do mercado, atualmente a empresa calçadista teria cerca de R$ 1,7 bilhão desse tipo de benefício.

Nada mal para os investidores de uma empresa que deverá registrar um lucro próximo dos R$ 600 milhões este ano e, com a decisão judicial favorável à Grendene, poderão receber dividendos mais substanciais – com quase 100% de aumento -, do que receberam no ano passado.