Alece
“Estamos seguindo o que tínhamos decidido lá atrás”, diz Antônio Henrique sobre ser oposição a Elmano
Por Redação IN Poder - Em 16/03/2023 às 9:40 PM
O ex-presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) e deputado estadual, Antônio Henrique (PDT), afirmou que está sendo “coerente” ao manter posicionamento de oposição ao governador Elmano Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Ele considera que ‘mudar de lado’ seria estar agindo em desconformidade, visto que o partido brizolista tinha “um projeto para o Governo do Estado”.
As falas do deputado estadual ocorreram, com exclusividade ao IN Poder, durante sessão solene da Assembleia, ocorrida nesta quinta-feira, 16, em homenagem aos 40 anos de emancipação do município de Maracanaú.
“Estamos seguindo o que tínhamos decidido lá atrás, quando o partido lançou um candidato ao Governo do Estado. A gente respeita o processo eleitoral. Sabemos que a população cearense preferiu um outro projeto e não vamos questionar o resultado das eleições. No entanto, o PDT tem projeto para o Estado. E eu, como membro desse partido, e que apoiei Roberto Cláudio para o governo, porque tinha a convicção que estávamos apresentando o melhor projeto, estou seguindo a minha coerência”, afirmou o parlamentar.
Antônio Henrique é um dos três deputados estaduais do PDT – do total de 13 – que assumem oposição a Elmano na Alece. Além dele estão os pedetistas Queiroz Filho e Cláudio Pinho, todos ligados ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT).
Entretanto, o parlamentar garante que não está em contraposição apenas por estar. Ele aponta que, percebendo mensagens enviadas pelo Executivo à Alece que vão “beneficiar o povo cearense”, irá votar a favor das emendas. Contudo, Antônio pondera que até o momento não observou isso.
“Meu posicionamento hoje é de seguir a orientação do partido. Não estou fazendo oposição apenas por oposição. Se houver mensagem do governo que seja para o bem do povo, mesmo sendo oposição, irei votar a favor. Mas até o presente momento, o que nós podemos ver na Casa, como aumentar o ICMS de 18 para 20%, onde na sua proposta de campanha era que não ia ter aumento de imposto, e houve (aumento), nós entendemos que isso não é bom para o povo cearense”, declarou.
“Criar secretarias, aumentando o custeio do estado, diante que eles falam – até acredito – que o estado precisa recuperar recursos, como você está atrás de recuperar recursos, que foi a justificativa para aumentar o ICMS, e crio cargos para aumentar minha despesa? Então não tem coerência no que se faz, no que se diz”, finalizou.