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ArcelorMittal e Casa dos Ventos formam joint venture para investir R$ 4,2 bilhões em complexo eólico
Por Redação - Em 19/04/2023 às 9:22 PM
Após concluir a compra da antiga Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Ceará, a ArcelorMittal Brasil, líder em aços no País, anunciou, nesta semana, novos investimentos. A empresa formará uma joint venture com a Casa dos Ventos, uma das maiores desenvolvedoras e produtoras de projetos de energia renovável no Brasil, para o desenvolvimento do complexo eólico Babilônia Centro, localizado na Bahia. O empreendimento terá capacidade de 553,5MW e investimentos da ordem de R$4,2 bilhões.
Na joint venture, a ArcelorMittal Brasil terá 55% de participação e a Casa dos Ventos deterá 45%. A transação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no último dia em 12 de abril e será concluída nos próximos 15 dias.
O projeto tem como objetivo assegurar e descarbonizar uma parte considerável das necessidades futuras de eletricidade das operações da empresa no Brasil. Estima-se que atenderá 38% das necessidades totais de eletricidade da ArcelorMittal no Brasil em 2030.
“Além de integrar nossos esforços na direção da questão climática, este projeto também atende aos aspectos financeiros e operacionais. Reduz os custos de eletricidade, fornece segurança energética para nossos negócios no Brasil e proporcionará retornos consistentes no longo prazo. A recente aquisição da CSP aumentou imediatamente a nossa presença no mercado brasileiro, que é de alto crescimento, e nos trouxe opções futuras promissoras. À medida que expandimos nossa presença e agregamos valor no Brasil, estamos conscientes da responsabilidade que temos em descarbonizar nossas operações. Ao nos tornarmos parceiros de um respeitado operador de transição energética, a Casa dos Ventos, temos vantagens competitivas como o clima brasileiro, favorável para a geração de energia renovável que nos permitirá progredir mais rapidamente em direção às nossas metas climáticas”, destaca o CEO da ArcelorMittal, Aditya Mittal.
Conforme o presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO Aços Longos e Mineração LATAM, Jefferson de Paula, a companhia possui diversos projetos que ampliam a participação no mercado e contribuem para elevar o valor agregado dos produtos. “Além da recente aquisição da CSP, hoje ArcelorMittal Pecém, temos vários projetos downstream de crescimento orgânico em andamento que ampliam nossa presença e aprimoram nossa capacidade de produzir produtos de maior valor agregado. Esses planos de expansão levarão a um aumento natural de nossas necessidades energéticas. Este projeto nos prepara para o futuro, garantindo que possamos atender nossas necessidades de energia no longo prazo de forma responsável, sustentável e com redução de custos””, afirma.
Babilônia
A localização do complexo eólico Babilônia Centro foi escolhida devido a aspectos como fatores de carga de alta capacidade (mais de 50%) e a curta distância (23 km) para conectar-se à rede elétrica nacional. Existe, também, o potencial de expandir a capacidade do projeto adicionando mais 100 MW de energia solar.
O projeto está atualmente em fase de licenciamento ambiental e regulatório, com obras previstas para começar ainda neste ano e comissionamento operacional em 2025. A ArcelorMittal Brasil irá assinar um contrato de compra de energia de 20 anos com a joint venture para o fornecimento de eletricidade.
Parcerias
O projeto Babilônia é a terceira parceria estratégica de energia renovável estabelecida pela ArcelorMittal no último ano. Em março de 2022, a Empresa anunciou uma parceria com o grupo Greenko, na Índia, para desenvolver um projeto de energia ’contínuo’ com 975MW de capacidade solar e eólica. O projeto alimentará a joint venture indiana da ArcelorMittal na área siderúrgica, a AM/NS Índia, fornecendo mais de 20% de suas necessidades de eletricidade e reduzindo as emissões anuais de carbono em aproximadamente 1,5 milhão de toneladas por ano. Na Argentina, a ArcelorMittal desenvolveu uma parceria com a PCR para um projeto de capacidade solar e eólica de 130MW que atende mais de 30% das necessidades locais de energia da ArcelorMittal.