ex-prefeito
Roberto Cláudio critica situação fiscal do Ceará após relatório do Ministério da Fazenda: “sinais de alerta”
Por Redação IN Poder - Em 03/05/2023 às 12:10 PM
O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), voltou a demonstrar preocupação com a economia do Ceará. Em vídeo publicado em suas redes sociais nesta terça-feira, 2, o pedetista apresentou um relatório do Ministério da Fazenda comparando a situação fiscal do primeiro bimestre deste ano com o mesmo período em 2022. RC apontou que dos 26 estados analisados (o Pará não enviou dados), o Ceará foi o que mais teve aumento nas despesas correntes “que dizem respeito a despesa do dia a dia, que é pagamento de pessoal terceirizado”.
“Foi o aumento de 43% de 1 ano para outro, que faz o Estado do Ceará, o primeiro colocado em aumento de despesas. Esse é um dado que preocupa bastante. É preciso entender com transparência o que aconteceu de 1 ano para o outro, e segundo se o estado do Ceará aguentará manter esse mesmo padrão de crescimento de despesa. E o que os dados sinalizam é que não. Porque esse, neste mesmo período, as despesas cresceram 43%. E as receitas só cresceram 9%”, disse o ex-prefeito.
Roberto cita que o percentual do aumento das despesas do Estado constatado pelo relatório do Ministério da Fazenda teve 0% de investimento. “Nos dois primeiros meses, a gente teve 0% de investimento. O que é o investimento? É a obra tão esperada da saúde, da educação do açude, da estrada. Obras importantes para o povo e nesses 2 meses a despesas foram só as despesas do dia a dia, do custo da máquina. Mas não teve despesa de novo investimento ou de nova obra sendo feita, sendo entregue à população”, declarou.
RC também discorreu sobre outro dado: a poupança. De acordo com ele, o Estado havia adquirido nos últimos anos uma poupança grande para o seu tamanho, mas que agora ocupa apenas a 19º colocação entre os estados por receita corrente líquida.
“Do estado, que já tinha crescido 43% de despesa, foi feita uma lei aprovada na assembleia para aumentar ainda mais despesas que certamente não eram as mais essenciais. Além disso, não está contabilizado aí ainda o aumento geral do servidor, que ainda não foi aprovado, e tudo indica que fique abaixo da inflação”, afirmou o pedetista.
“É muito importante esse debate da situação fiscal, porque eu dizia respeito a tudo ao dia a dia do estado, ao serviço de saúde, de educação, ao dia a dia do povo que depende de um estado forte, sólido economicamente, para poder responder as graves necessidades do povo cearense. Espero que haja um amplo debate sobre esse relatório na Assembleia, porque a gente não pode é simplesmente entrar num ciclo de decadência econômica e principalmente fiscal no estado do Ceará, depois de anos de sacrifício e de conquistas tão importantes nessa mesma área”, finalizou.