PECÉM E ROTERDÃ
Paulo Holanda e Vitor Valim destacam a importância dos acordos assinados
Por Marcelo - Em 10/05/2023 às 7:50 PM
O diretor Regional do Senai e superintendente Regional do Sesi Ceará, Paulo André Holanda, participou da assinatura dos acordos para a criação do Corredor de Hidrogênio Verde (Green Hydrogen Corridor), entre o Porto do Pecém e o Porto de Roterdã, e da Parceria de Portos Verdes (Green Ports Partnership), entre o Ceará e os Países Baixos. Ele representou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, no evento realizado no Porto do Pecém, nesta quarta-feira (10).
Os projetos deverão criar um corredor de suprimentos para as indústrias do setor de Hidrogênio Verde (H²V), conectando a cadeia produtiva do Ceará à da Holanda. O objetivo é atender à demanda dos Países Baixos e de outras regiões da Europa a partir do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que deverá se transformar, nos próximos quatro ou cinco anos, no principal Hub de produção e exportação de H²V do Brasil.
A FIEC tem trabalhado fortemente para a implantação do Hub de H²V no Pecém. “Nossa expectativa é a melhor possível. Existe uma equipe multidisciplinar coordenada pelo Governo do Ceará, na qual o setor produtivo – a indústria -, bem como a FIEC parceirizando na questão de capacitação, qualificação profissional; com o Observatório da Indústria por meio de dados importantes que as empresas precisam ter para a tomada de decisão; o Atlas Eólico e Solar do Ceará, que também é muito importante. E o Porto do Pecém, que é estratégico e tem uma forte parceria com o Porto de Roterdã”, afirma.
Ele lembrou que quando se unem os esforços do Governo do Ceará, as indústrias, a Academia – leia-se UFC, IFCE, Senai -, as tratativas são mais assertivas. “Acredito que este seja mais um passo importante. O Ceará está nos holofotes do mundo na pauta do Hidrogênio Verde e das energias renováveis. E temos estudos internacionais mostrando que além de ser favorável a nossa condição climática – tanto de vento quanto de sol para a produção de H²V por meio de energias renováveis -, temos um porto offshore, com capacidade de importar e exportar; ZPE em funcionamento, que nos diferenciam em relação a outros estados brasileiros”, explica.
E existe, ainda, um termo de cooperação já firmado entre a FIEC e a Agência Alemã de Cooperação Técnica GIZ, para a formação de mão de obra qualificada, também com a Maersk e com a Aeris. “São empresas que estão conosco para dar esse suporte relevante à qualificação profissional”, destaca.
Município
O prefeito de Caucaia também esteve presente à solenidade no Porto do Pecém, destacando que 100% da expansão do Complexo do Pecém está dentro da área do seu município e comemorou os novos investimentos. “Para se ter uma ideia, a ZPE 2 é toda dentro do território caucaiense. São mais de 1.900 hectares, com praticamente 50% destinados ao Hidrogênio Verde. E como para a sua produção precisa das energias solar e eólica, pode ser um fator fenomenal de desenvolvimento para o nosso Ceará e o nosso município. Fora a parceria para escoar essa produção de H²V, entre os portos do Pecém e de Roterdã, que é de grande relevância”, lembra.
E tudo isso será muito importante para a geração de emprego e renda, e o desenvolvimento econômico no Ceará, em Caucaia e todo o entorno do Complexo do Pecém. “Serão muitos investimentos, começando pelo H²V e, não tenho dúvida, outras empresas que precisam dessa fonte de energia vão poder se instalar aqui. É o antes e o depois do Hidrogênio Verde aqui no Ceará, tanto para o mercado da Europa quanto para o desenvolvimento do nosso Estado. E como existe um tratado global de redução das emissões de Carbono, então todo o Hidrogênio Verde é sustentável, atendendo ao mercado europeu, ao desenvolvimento do Ceará e do Nordeste. Um ciclo virtuoso que só tem a trazer crescimento para o Brasil, para o Ceará e para Caucaia onde está a planta de expansão da ZPE 2″, completa Vitor Valim.