ALTA TECNOLOGIA
CRIO tem o primeiro acelerador Harmony do Brasil para tratamentos oncológicos
Por Marcelo - Em 12/05/2023 às 1:11 PM
O Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) recebeu o primeiro acelerador linear (AL) modelo Harmony do Brasil, que emite a radiação a ser utilizada nos tratamentos contra todos os tipos de câncer, por meio de várias radioterapias – conformacional (3D), de intensidade modulada (IMRT) e a de arco volumétrico (VMAT), que representam as mais modernas para realizar um tratamento com muita eficácia, poupando os tecidos sadios ao redor. Fabricado pela Elekta, o Harmony dispõe de um sistema que possibilita a realização de terapia guiada por imagem (IGRT).
O físico médico Nelson Gonçalves, que atua na sessão de radioterapia do CRIO realizando todo o trabalho de como o tratamento será executado, explica os benefícios do novo acelerador linear. “Quando é realizado o tratamento, é feito todo um planejamento do procedimento, inclusive com a definição do volume alvo. Com o Harmony, as imagens de IGRT são feitas antes e durante o tratamento, para verificar se o paciente está na posição exata, comparado com a referência anterior, garantindo maior eficácia da radioterapia”, explica.
O equipamento já está em processo de montagem, na sede do CRIO situada no bairro Álvaro Weyne, e em seguida serão realizados os testes e o comissionamento, que são etapas um pouco demoradas. Após o treinamento dos operadores, será realizada uma vistoria por parte da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), a fim de garantir a proteção da equipe que trabalha e das áreas circunvizinhas. A expectativa é de que até o quarto trimestre deste ano ele possa entrar em operação.
A máquina permite uma alteração no fracionamento do tratamento, possibilitando a redução do tempo da terapia, trazendo vantagens tanto para os pacientes quanto para a população em geral, que necessita desse serviço especializado no CRIO. “E com essa máquina a gente terá uma maior assertividade na terapia propriamente dita, garantindo uma melhor qualidade de vida para os pacientes durante e após o tratamento”, completa Nelson Gonçalves.