Titãs Encontro – Foto: Bob Wolfenson

Qual o sentimento de subir ao palco com a formação clássica do Titãs? As afirmações que abrem este texto foram as maneiras encontradas por Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto para traduzir um pouco do que é o Titãs Encontro. Trata-se de uma turnê de 21 shows que vem reunindo os sete integrantes do grupo, sendo a primeira vez que eles saem juntos em turnê em 30 anos.

As apresentações iniciaram em abril e agora é a vez de Fortaleza neste sábado, 3 de junho, no Colosso, com o mote “todos ao mesmo tempo agora”, que faz alusão ao disco lançado pela banda em 1991 e que valoriza o presente na forma ao vivo de interagir com o público.

Até agora, a turnê Titãs Encontro já tem um público confirmado de 500 mil pessoas pelo país. Essa grande celebração foi idealizada pela empresa de entretenimento ao vivo 30E e pela Bonus Track Entretenimento.

O Titãs Encontro tem a proposta de visitar a reconhecida criação artística dos sete integrantes sem deixar de lado a inventividade e a criatividade que a banda sempre levou às apresentações. “O que nos motiva a fazer essa reunião é a alegria de nos encontrarmos e de nos apresentar para uma grande parte do público que nunca viu a banda reunida, além de levar ao palco toda a energia que sempre tivemos, compartilhando isso com os fãs”, explica Paulo Miklos.

Formado em 1982, em São Paulo, o grupo encontra na turnê Titãs Encontro a potência de conectar diferentes gerações de fãs. “Essa turnê é uma oportunidade de tocar junto com os amigos com quem criei músicas magníficas. E tocar para diferentes gerações representa justamente a força da obra dos Titãs. Será emocionante, inclusive, tocar ao vivo para meus filhos, porque três deles não viveram isso”, comenta Nando Reis.

Com o repertório marcado por hits titânicos das fases em que se apresentavam com todos os integrantes originais, o show levará ao público canções interpretadas pelos diferentes vocalistas da banda e que mantêm sua dimensão e a relevância artística ao longo dos anos. “Nossas músicas mais antigas envelheceram muito bem. Não são circunstanciais. Até porque falamos de questões que dificilmente são ou serão superadas, com muita propriedade. Fizemos músicas sobre questões sociais, de amor, de reflexões sobre a vida. Todas têm uma qualidade que permitiu que sobrevivessem ao tempo”, analisa Sérgio Britto.

Nas apresentações, a formação clássica promete resgatar a vocação que tem de se apresentar em grandes arenas revisitando o próprio vocabulário estético, de maneira que a personalidade da banda, multifacetada e com o trabalho reconhecido em décadas, se sobressaia e torne cada um dos shows um evento especial para os artistas e os fãs.