O evento foi aberto nesta quinta-feira, em solenidade que contou com a participação do governador do Ceará, Elmano de Freitas, e de outras autoridades FOTO: Tatiana Fortes/Governo do Ceará

Com a expectativa de receber cerca de 50 mil visitantes durante três dias de evento, a 26ª edição da PEC Nordeste teve início nesta quinta-feira (15), no Centro de Eventos do Ceará, com a presença do governador Elmano de Freitas e de outras autoridades. O evento é considerado um dos maiores do setor e possui uma programação que inclui capacitação de produtores rurais, estudantes e micros e pequenas empresários e feira com a participação de empresas e instituições ligados ao agronegócio.

A relevância da PEC Nordeste para a promoção do conhecimento e geração de negócios no setor se apoia na expansão da participação do agronegócio no Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará e na geração de empregos. Conforme o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), em 2022, o PIB cearense cresceu 0,96%, impulsionado pela agropecuária, que avançou 7,70%, melhor desempenho entre os setores que compõem o indicador (Indústria, Serviços e Agropecuária). “O setor representa 19% do PIB cearense. Conseguimos reunir 512 stands e vamos dobrar os nossos números na próxima edição. Enquanto isso, estamos com a expectativa de capacitar, neste ano, seis mil pessoas, o que nos anima, visto que vamos receber 128 caravanas. Portanto, temos todas as condições de cooperar ainda mais com o desenvolvimento do Estado do Ceará”, destacou Amilcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), responsável pela promoção da PEC Nordeste.

Durante a abertura do evento, o governador Elmano de Freitas também exaltou o setor e a importância da PEC Nordeste, que, segundo ele, demonstra a força do produtor rural cearense. “A PEC Nordeste tem no nosso governo apoio, aliança e diálogo para construirmos juntos as políticas públicas que possam ajudar o produtor a ter uma vida mais tranquila, a ter apoio de crédito e de assistência técnica e de melhoria de estrada. Queremos também possibilitar as chances dos nossos produtores também produzirem energia elétrica, através das fontes limpas que o nosso Estado nos proporciona”, disse.

Também presente à solenidade, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, lembrou que a agropecuária anda de mãos dadas com diversos segmentos industriais, como laticínios e alimentos, dentre outros. Ele também enalteceu o evento e reforçou que a PEC Nordeste é um grande marco para o setor do agronegócio no Estado. “Eu quero parabenizar por essa feira, por esse trabalho e pela organização. Já dei uma olhada no tamanho dela e é algo impressionante. Nós precisamos bater palmas para quem está trabalhando de forma diferenciada, como é o caso do Dr. Amílcar Silveira, pela seriedade, compromisso e entrega que ele está fazendo”, disse Ricardo Cavalcante

Homenagem

A abertura da PEC Nordeste contou ainda com a entrega da medalha do mérito rural Professor Prisco Bezerra ao secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Salmito Filho, e à liderança classista, José Ferreira Lima. A medalha é a maior comenda concedida pela Faec.

Licenciamento ambiental

Na solenidade, o governador Elmano de Freitas assinou a mensagem que propõe a simplificação de licenças ambientais para atividades agropecuárias com baixo potencial poluidor. A intenção é proporcionar otimização dos serviços diante das particularidades dessas atividades específicas, considerando a proteção do meio ambiente.

“Primeiro, vamos garantir uma licença unificada para sua propriedade. Isso garante um processo mais simples em relação ao tempo, procedimento e às exigências. Essa simplificação é por uma questão lógica, porque são ações de baixíssimos impactos ambientais. Era questão de justiça, reivindicada pela Federação e produtores”, explicou o governador.

A Mensagem foi enviada à Assembleia Legislativa do Ceará nesta quinta-feira e prevê a submissão a um licenciamento simplificado ou mesmo a isenção de licenciamento para algumas atividades que, na avaliação da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), são de porte micro com potencial poluidor degradador baixo, não causando impactos ambientais que justificam o licenciamento.