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Comemorando uma década de atuação, a Porto Iracema das Artes – instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) – realiza a exposição fotográfica “O Mar da História: imagens pescadas no tempo”.

As obras expostas retratam momentos de destaque na história da Escola ao longo destes 10 anos e contam sobre a atuação da Porto na formação em artes no Ceará. A abertura será realizada nesta quinta-feira, 3 de agosto, no Pátio da instituição, às 18h30. O evento é gratuito, aberto ao público e a exposição permanece aberta para visitação até o fim de agosto.

A abertura da exposição inicia a programação comemorativa que se estende por todo o mês de agosto. De forma poética e intimista, as fotografias apresentam os projetos de artistas que foram desenvolvidos na Porto, mas também os bastidores de encontros, exibições, espetáculos, homenagens, falas de convidados e outras ações que passaram pela Escola.

As atividades retratadas estão relacionadas com as linguagens artísticas (artes visuais, cinema, teatro, dança e música) contempladas nas formações da Porto e expressam a pluralidade em olhares artísticos sobre a trajetória da instituição.

“É muito valioso que o acervo de mais de trinta mil imagens produzidas durante todos esses anos tenha surgido de olhares tão talentosos da cena artística fotográfica de nossa cidade. Por essa razão, penso que essa memória não só dá conta da complexidade e beleza da Escola, como cria novas camadas, realidades e possibilidades. O tempo passado se torna presente, num gesto inacabado. Olhar para momentos e pessoas tão importantes que passaram pela Porto Iracema das Artes em uma outra perspectiva, proposta por essa exposição, coloca a quem ver essas imagens também num lugar de produção de novos significados, igualmente ricos para os novos tempos que estamos a construir”, reflete Alan Sousa, coordenador artístico audiovisual da Escola e curador da exposição.

Sobre a exposição “O Mar da História – Imagens Pescadas no Tempo”

As imagens, pescadas nos primeiros 10 anos de atuação da Porto Iracema por Thamires Oliveira, Té Pinheiro, Joyce S. Vidal, Alan Sousa e Micaela Menezes, sugerem, cada qual a seu modo, o desafio de fazer durar no tempo aquilo que é intangível. Fotógrafes-pescadores que nos permitem, pela multiplicidade de seus olhares, a percepção deste porto como tempo vivo, em mutação permanente. As imagens, como os peixes, nadam e perfilam movimentos numa dança ondulante e nos permitem rever 10 anos – dez – como estado de impermanência: assim, percebemos o quanto as transições nos atravessam, nos tensionam e nos libertam. Maiakovski já dizia que “o mar da história é agitado” e, de fato, rompemos um desgoverno “como uma quilha corta as ondas” e fizemos da arte, da cultura e da educação o nosso Porto.