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Apoiada pela FPeduQ, nova lei estabelece diretrizes para o ensino profissionalizante
Por Redação IN Poder - Em 04/09/2023 às 11:53 AM
Entrou em vigor em agosto a legislação que estabelece diretrizes para a política de educação profissional e tecnológica (Lei nº 14.645/23). Aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, a proposição teve o apoio da Frente Parlamentar Mista pela Inclusão e Qualidade na Educação Particular (FPeduQ), presidida pelo deputado federal Eduardo Bismarck (PDT), e tem a coordenação de Ensino Técnico e Profissionalizante liderada pelo senador Paulo Paim (PT-RS).
“O ensino técnico profissionalizante é uma porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho, principalmente os mais pobres e excluídos. O crescimento e o desenvolvimento do Brasil passam por fortes investimentos nesse setor da educação”, defende Paim.
De acordo com a Lei 14.645/23, a União deve atuar de forma conjunta com os estados e o Distrito Federal para formular e implementar uma política nacional de educação profissional e tecnológica em consonância com o que está previsto pelo Plano Nacional de Educação. O governo federal terá até agosto de 2025 para observar as necessidades do mundo do trabalho e elaborar esse projeto.
Também haverá um processo Nacional de avaliação da produtividade dos cursos ofertados pelas instituições, com sistemas de ensino devendo contar com o suporte da União para colocar essa proposição em prática. O que for avaliado servirá para analisar ofertas de futuros cursos em educação profissional técnica e tecnológica. Estatísticas de oferta, fluxo e rendimento; aprendizagem dos saberes do trabalho; aderência da oferta ao contexto social econômico e produtivo local e nacional; inserção dos egressos no mundo do trabalho; e as condições institucionais de oferta são fatores abordados nessa estimativa.
Em colaboração com os estados e o Distrito Federal, a nova lei estabelece que a União deverá formular e implementar uma política nacional de educação profissional e tecnológica articulada com o Plano Nacional de Educação (PNE – Lei 13.005, de 2014). O prazo para elaboração dessa política será de dois anos a contar da publicação da lei.
Entre as novidades inseridas na legislação está a que prevê o aproveitamento das atividades pedagógicas da educação profissional para cumprimento do contrato de aprendizagem profissional. O jovem também poderá solicitar o aproveitamento das horas de trabalho em aprendizagem profissional na carga horária do ensino médio. Para melhor compreensão: aprendiz é o jovem que estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando.
No ensino superior, instituições terão que estabelecer critérios para o aproveitamento das experiências e dos conhecimentos desenvolvidos na educação profissional técnica de nível médio sempre que os cursos sejam de áreas afins. Outra novidade é que a organização da formação profissional e tecnológica será baseada em eixos tecnológicos, o que possibilita o aprendizado ao longo da vida.