ESTÍMULO
Brasil Mais Produtivo destinará R$ 2 bilhões para transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias
Por Redação - Em 17/11/2023 às 12:10 AM
Mais de 200 mil empresas brasileiras deverão ser beneficiadas pelo novo programa Brasil Mais Produtivo, que destinará R$ 2,037 bilhões para transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias. A iniciativa, lançada nesta quinta-feira (16) na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
De acordo com o Ministério, das 200 mil empresas que serão engajadas no programa, 93,1 mil receberão atendimento direto. Ao final do processo de maturidade digital, que envolve várias etapas, ao menos 8,2 mil empresas devem alcançar a chamada “fronteira tecnológica” – com instalação de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computação em nuvens, utilização de Big Datas, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial.
Para fortalecer a iniciativa, o MDIC articulou e trouxe para dentro do programa as instituições financiadoras BNDES, Finep e Embrapii, que agora se somam às parcerias já consolidadas com ABDI, Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios. Também farão parte do programa os ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp).
“Estamos somando esforços, unindo aqui todo mundo, para poder agir na causa do problema, que é melhorar produtividade e competitividade. Nós temos de ter humildade de reconhecer que o Brasil há 40 anos perde produtividade (…) e precisamos agir na causa dos problemas para ter um crescimento econômico forte, sustentável, que gere emprego e renda para a nossa população. E aí surge o novo Brasil Mais Produtivo, procurando, de maneira objetiva, [estabelecer] diagnóstico, prognóstico e tratamento às empresas”, disse o vice-presidente e ministro do MDIC Geraldo Alckmin.
Na ocasião, Alckmin também destacou as presenças do BNDES, Finep e Embrapii na etapa do tratamento. “Essas três grandes instituições fazem uma enorme diferença, pra você ter o crédito e implementar essas mudanças”, disse o ministro, lembrando que os financiamentos serão pela Taxa Referencial (TR), com juros de menos de 4% ao ano.
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também destacou a articulação entre diversos atores para que o programa saísse do papel. “O grande diferencial é que foi possível construir sinergia do governo. Não são ações isoladas. É a convergência de escolhas, de programas claros, que irá fazer e está fazendo a diferença num momento como este”, afirmou a ministra, lembrando que, dos recursos destinados ao programa, R$ 200 milhões vêm da Finep, vinculada ao MCTI. Ela destacando o esforço conjunto do governo e dos bancos públicos para o financiamento da inovação a juros baixos ou em créditos não reembolsáveis.
“Países desenvolvidos, com forte produção científica e tecnológica, só alcançaram esse patamar porque tiveram consistente estímulo de Estado, com políticas públicas para fomentar a inovação na indústria, que precisa ser sistêmica”, resumiu Luciana Santos.
Crédito
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, também falou da importância do crédito para os pequenos negócios. “As pessoas precisam de crédito, precisam de recurso pra poder fazer o empreendimento crescer”, disse.
Participaram do evento, representando as instituições parceiras: Ricardo Alban, presidente da CNI; Francisco Saboya, diretor-presidente da Embrapii; Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional; Elias Ramos, diretor de Inovação da Finep; José Luís Gordo, diretor de Exportação e Inovação Industrial do BNDES; e Cecília Vergara, presidente interina da ABDI.