"Segurança Pública: o que fazer"
Palestra em Fortaleza vai debater a situação e soluções para a segurança pública do Estado
Por Redação IN Poder - Em 24/01/2024 às 12:29 PM
Com o tema “Segurança Pública: o que fazer”, o escritor e coordenador científico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, e o coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública da PUC-Minas, Luís Flávio Sapori, farão palestra em Fortaleza, no próximo dia 25 de janeiro, a partir das 18 horas, no Hotel Mareiro. Os dois especialistas são convidados da Fundação Astrogildo Pereira, do partido Cidadania; do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB; e da Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini, do PDT.
Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP), chefe da Divisão de Estudos Socioeconômicos da Fundação Seade, Sérgio Renato é co-autor dos livros “Adolescência e Drogas”; “Crime, Polícia e Justiça no Brasil”; “Segurança Pública e Violência”; e “O Brasil no Contexto 1987-2017”. Professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas, o sociólogo é chamado a fazer uma reflexão sobre o desafio da segurança pública no País e deverá apontar causas e soluções a um dos mais graves problemas da sociedade brasileira na atualidade, onde a força de grupos criminosos ocupam territórios nas grandes cidades e nos municípios do Interior, como aqui no Estado do Ceará.
Já Luís Flávio Sapori é doutor em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj) (2006). É professor do programa de pós-graduação de Ciências Sociais da PUC Minas e coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública ( CESP – PUC Minas ). Em sua trajetória, Sapori foi Secretário Adjunto de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais no período de janeiro/2003 a junho/2007; coordenou o Instituto Minas Pela Paz no biênio 2010-2011; e ocupou o cargo de Secretário de Segurança Pública do Município de Betim (MG). O sociólogo é autor de diversos artigos científicos e de livros, estacando-se Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas, publicado pela Editora Fundação Getúlio Vargas, e Crack: um desafio social, publicado pela Editora PUC Minas.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, duas cidades cearenses estão entre as 50 cidades brasileiras com população superior a 100 mil habitantes que tiveram as maiores taxas percentuais de homicídios, no ano passado. Maracanaú, por exemplo, ocupa o 21º lugar, com 55,9 Mortes Violentas Intencionais (MVI) – a cada grupo de 100 mil habitantes. O índice corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais.
Entre os estados, o Ceará ocupa o 8º lugar no ranking nacional, com 35,5 homicídios a cada 100 mil habitantes. Em 1º lugar ficou o Amapá, com 50,6 mortes, e em 2º lugar está a Bahia, com 47,1 vítimas.
Em números absolutos de mortes por violência, o Ceará ficou em 5º lugar, com 2.913 homicídios no ano passado. Os números mais altos estão com a Bahia (5.044), Pernambuco (3.305), Rio de Janeiro (3.059) e São Paulo (3.044).
O Ceará está dominado pelas maiores facções criminosas do País, entre elas: Comando Vermelho (CV), Guardiões do Estado (GDE), Massa Carcerária (também conhecido como Neutros, Tudo Neutro e TDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC). O Terceiro Comando Puro (TCP), considerada segunda maior facção carioca, agora tenta ganhar mais espaço no território cearense, considerado estratégico para o crime organizado. A disputa de território entre CV e TCP resultou na recente onda de violência na Barra do Ceará, ocorrida no dia 7 de janeiro, quando duas pessoas foram mortas e 15 feridas a tiro.
A insegurança, a expansão e a incorporação das facções no Ceará reverberam no sentimento de medo da população cearense. Segundo dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), 33,7% da população se sente insegura ou muito insegura no bairro onde mora. Isso faz com que o Ceará ocupe a 9ª posição no País entre as unidades federativas com maior proporção de pessoas com percepção de insegurança.
Além disso, a pesquisa indica que cerca de 1 em cada 8 pessoas (12,6%) no Ceará, na faixa etária estudada, declara se sentir insegura ou muito insegura na própria casa.
Serviço:
Palestra “Segurança Pública: o que fazer”- Renato Sérgio e Luís Flávio Sapori Local: Hotel Mareiro
Data: 25 de janeiro de 2024
Horário: 18 horas
Informações: Moacir Maia (85 99984-6440)