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A cúpula do PDT Ceará decidiu anular as cartas de anuência que foram dadas aos deputados estaduais da sigla quando o partido estava sob comando do senador Cid Gomes (PDT), em 8 de novembro de 2023. A deliberação ocorreu após reunião realizada pela direção partidária nessa quinta-feira, 25.

Conforme a ata da reunião, o Cid tinha ciência – enquanto presidente da sigla no Estado -, que não poderia fazer a concessão de cartas de anuência aos filiados com mandato. Por conta disso, os documentos concedidos não foram homologados.

“O atual Presidente afirmou que o Diretório Estadual, quando presidido pelo Senador Cid Gomes, tinha prévia e plena ciência das regras internas para a expedição de Cartas de Anuência de desfiliação, porém não encaminhou quaisquer eventuais pedidos de anuência de desfiliação à Executiva Nacional, e por conseguinte, por óbvio, não houve a instauração de qualquer processo administrativo de apuração dos fatos e nem a homologação das ditas Cartas de Anuência pela Executiva Nacional”, informou o documento.

Desta maneira, os deputados estaduais que receberam da executiva anterior permissão para deixarem os quadros brizolistas, não podem mais sair do partido sem ônus para seus mandatos. Ou seja, caso os parlamentares tentem acompanhar Cid Gomes – que será filiado ao PSB Ceará no próximo dia 4 de fevereiro – o PDT vai poder reivindicar seus cargos perante a Justiça Eleitoral.

Ao todo, 14 deputados estaduais titulares e suplentes receberam cartas de anuência e acionaram a Justiça Eleitoral pedindo desfiliação. São eles: Salmito Filho, Antônio Granja, Sérgio Aguiar, Romeu Aldigueri, Oriel Filho, Marcos Sobreira, Lia Gomes, Jeová Mota, Helaine Coelho, Guilherme Landim, Guilherme Bismarck, Osmar Baquit, Bruno Pedrosa e Tin Gomes.