Senadora da República,
Augusta Brito fala sobre políticas de direitos das mulheres e avalia: “É preciso dar visibilidade e levar conhecimento às pessoas”
Por Redação IN Poder - Em 05/03/2024 às 12:30 AM
A senadora Augusta Brito (PT) avaliou nesta segunda-feira, 4, os avanços – ao longo dos anos – das políticas voltadas para as mulheres, especialmente no tocante ao combate à violência de gênero. A petista apontou, entretanto, que além de melhorar a legislação, é preciso também que o tema tenha ainda mais visibilidade do público.
“É preciso dar visibilidade e levar conhecimento às pessoas, sobretudo às mulheres que vão precisar delas. É elas saberem que a Lei Maria da Penha não trata somente de punir o agressor. É mais do que isso. Há vários artigos nela que vão ao encontro da prevenção do feminicídio e da violência contra a mulher”, afirmou a parlamentar.
Como senadora, Augusta relatou matérias que versam sobre esse tema, como a proposta que dispõe sobre a prioridade no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica ou familiar pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). De acordo com ela, uma pesquisa mostra que 66% das mulheres que sofrem algum tipo de violência voltam a morar com o agressor pela dependência econômica.
“Essa dependência econômica é a que mais pesa. Geralmente ela não tem uma família estruturada para voltar para casa com filhos, com toda uma bagagem e nem condições de comer. É muito triste que uma mulher se submeta a essa violência somente para comer. Ela tem que viver em segurança e com boas condições”, pontuou.
Ex-prefeita de Graça, a petista ressalta que a temática precisa ser discutida também a nível estadual e municipal, uma vez que – segundo ela – alguns legislativos municipais não abordam a violência de gênero da forma correta.
“Fomos vendo um grande resultado. Não somente para mulheres que estão sofrendo algum tipo de violência no interior do Estado, mas também para as vereadoras, que começaram a perceber a importância de um mandato no município, mostrando que elas devem se empoderar, inspirando, inclusive, outras mulheres”, declarou.
E para que o tema seja amplamente debatido e difundido pelos entes federativos, mais mulheres precisam ocupar espaços nos mais diversos seguimentos, principalmente na política, onde as decisões que influenciam na vida da população são tomadas. “É necessário termos essa igualdade de gênero, ocupar esses espaços de poder, na política, no Senado, onde tudo acontece e se constroem políticas públicas”, concluiu Augusta, em entrevista à Rádio Assembleia.