O levantamento realizado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) revela que o setor cearense de peles e couros voltou a apresentar alta nas exportações e atingiu seu melhor desempenho desde 2021. O dado é um dos destaques do estudo Ceará em Comex. De acordo com a edição mais recente do relatório, referente aos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o segmento registrou acumulado de US$ 7,01 milhões exportados, um crescimento de 36,9% frente a igual período de 2023.

Exportação de peles e couros do Ceará registrou uma expansão de 36,9%

Nos dois primeiros meses de 2024, as exportações totais do Ceará chegaram a US$ 208,54 milhões, com São Gonçalo do Amarante retomando a liderança entre os municípios exportadores (US$ 61,90 milhões), seguido por Fortaleza (US$ 39,80 milhões) e Sobral (US$ 26,17 milhões). Além do aumento nas vendas de peles e couros, setores tradicionais, como frutas e derivados, pescados e calçados, mantiveram sua força no comércio exterior.

Apesar dos números, o estudo revelou que as exportações cearenses tiveram queda de 44,5% comparadas ao ano anterior. Com isso, o Ceará passou a ocupar a 16ª colocação no ranking nacional de estados exportadores e o quarto lugar no regional. As importações também apresentaram decréscimo, totalizando US$ 446,02 milhões, 4,1% a menos que no mesmo período de 2023.

A análise do saldo comercial acumulado até fevereiro de 2024 mostra que o déficit cearense se agravou para US$ 237,49 milhões, número 165,6% maior do que o registrado no ano passado. Diante do quadro desafiador, a pesquisa do CIN reforça a urgência por estratégias eficazes que visem a reversão dessa tendência negativa.

“Essa posição nos rankings reflete a importância estratégica do Ceará no comércio exterior, apesar dos desafios na balança comercial. A manutenção de lugares de destaque no Nordeste e a significância em nível nacional ressaltam a necessidade de estratégias focadas na ampliação da competitividade do Ceará no mercado global. Aproveitando suas capacidades logísticas e comerciais, é fundamental buscar a melhoria contínua dos indicadores de comércio exterior para fomentar a recuperação e o crescimento econômico sustentável do Estado”, aponta o estudo.