MERCADO EM EXPANSÃO
Parques e atrações turísticas devem receber R$ 15,5 bilhões em investimentos nos próximos anos
Por Redação - Em 13/05/2024 às 12:42 AM
Com um mercado de 128 milhões de visitantes por ano e faturamento de R$ 8,2 bilhões, o setor de parques e atrações turísticas tem investimentos previstos de R$ 15,5 bilhões para os próximos anos. Os números constam na 2ª edição do estudo “Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento no Brasil – Panorama Setorial e Novos Investimentos”, realizado pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), pela Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra) e pela Noctua Advisory.
Nesta edição, 755 empreendimentos foram identificados. Juntos, eles receberam 128 milhões de visitantes ao longo de 2023, respondendo por um faturamento de R$ 8,2 bilhões. O crescimento de 50% em relação aos estabelecimentos mapeados na primeira versão do estudo é resultado da inclusão, especialmente, de empresas de pequeno e médio porte, além da ampliação da capilaridade do estudo. “A cada ano, temos como objetivo ampliar a amostra analisada no estudo para retratar com cada vez mais solidez a pujança do entretenimento no Brasil”, explica o fundador da Noctua, Pedro Cypriano. “Além das grandes empresas e das cidades primárias, incluiremos cada vez mais negócios e destinos também de pequeno e médio porte”, completa.
O aumento no número de empreendimentos refletiu diretamente no crescimento da visitação anual dos parques e atrações, saltando de 89 milhões de visitantes para 128 milhões. O faturamento acompanhou os números ascendentes, crescendo para R$ 8,2 bilhões no ano passado, contra R$ 7,1 bilhões em 2022. Outro índice com crescimento destacado é o de volume de investimentos do setor, que alcançou R$ 15,5 bilhões, somando investimentos em novos projetos e reinvestimentos dos parques e atrações instalados.
“Embora saibamos que o Panorama Setorial não é um estudo censitário, ao ampliar a oferta de empreendimentos, era natural que houvesse uma majoração em todos os índices”, diz o presidente do Conselho de Administração do Sindepat, Murilo Pascoal. “Os números mostram o dinamismo do nosso setor, com investimentos consistentes, sejam em novos estabelecimentos ou nas inovações que os parques já instalados precisam realizar continuamente para seguir atraindo seu público”, acredita.
Investimentos
Dos empreendimentos que responderam diretamente ao estudo, 80% têm planos concretos de reinvestimentos e ampliações, totalizando volume de R$ 5,9 bilhões. Desse montante, mais de 75% serão investidos entre este ano e 2025. Questionados sobre a manutenção dos investimentos com a extinção do Perse (Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos e Turismo), 82,6% afirmaram que não manteriam os investimentos e ou reduziriam o montante. “O Perse desempenha um papel crucial no apoio ao setor de parques, atrações e entretenimento. As empresas beneficiadas direcionaram recursos economizados com impostos em reinvestimentos que estimulam a visitação, os empregos e a economia”, garante o condutor do estudo, Pedro Cypriano.
Cinquenta e três novos projetos foram mapeados no 2º Panorama Setorial. Na primeira edição, esse rastreamento identificou 63 projetos, dos quais 19 já foram concluídos. A nova edição traz um saldo de 97 negócios de entretenimento em estruturação no Brasil, com investimentos de R$ 9,5 bilhões. Os projetos em desenvolvimento aparecem em 51 cidades brasileiras, de 18 estados, e estimam ao menos 15 mil novos empregos diretos, que seriam somados aos 180 mil empregos do setor.
Entre os projetos em andamento, 34% referem-se a atrações turísticas e 22% aos Centros de Entretenimento Familiar (FECs, sigla em inglês). Há ainda 18 parques temáticos e de diversões mapeados, 20 parques aquáticos e quatro parques naturais (privados ou em processo de concessão). “Mais uma vez os resultados desse estudo ecoam vigorosamente a pujança do setor, reiterando seu contínuo crescimento. No panorama atual, os projetos mapeados revelam uma gama diversificada, abrangendo desde parques até centros de entretenimento familiar, incluindo ícones como teleféricos e rodas-gigantes”, diz a presidente da Adibra, Vanessa Costa. “É digno de nota que 46% dos investimentos previstos serão realizados ainda este ano, e mais 30% ao longo de 2025.”