ALTA DO DÓLAR

Defasagem no preço da gasolina chega a 19% e abre espaço para reajustes da Petrobras

Por Redação - Em 03/07/2024 às 12:07 AM

Posto De Gasolina Combustíveis Etanol Diesel Agência Brasil

Já são mais de 258 dias sem alteração nos preços da gasolina nas refinarias FOTO: Agência Brasil

A forte valorização do dólar, que já subiu mais de 15% em 2024, e o aumento na cotação do petróleo fizeram com que o preço da gasolina vendida nas refinarias brasileiras chegasse a uma defasagem média de 19% em relação ao mercado internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

Esse cenário abre espaço para que a Petrobras realize novos reajustes nos preços da gasolina em suas refinarias, apesar de a atual política da empresa não seguir mais a paridade de importação e dos acenos feitos pela presidente da estatal, Magda Chambriard, indicando a manutenção dos preços.

Já são mais de 258 dias sem alteração nos preços da gasolina nas refinarias. No caso do diesel, o preço está há 190 dias inalterado e a diferença é de 17%. Para equiparar os preços, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a Petrobras poderia elevar a gasolina em R$ 0,67 e o diesel em R$ 0,73.

Nesta semana, foi concedido um aumento de 3,2% para o Querosene de Aviação (QAV), que é ajustado mensalmente por contrato. Esse ajuste animou os importadores, que estão preocupados com o congelamento dos preços dos combustíveis ao longo de 2024 e receiam um aumento devido ao impacto do furacão Beryl no Caribe.

O petróleo do tipo Brent, utilizado como referência pela Petrobras e pelos importadores em geral, apresentou grande volatilidade nesta terça-feira, 2, oscilando entre pequenas altas e estabilidade. Por volta das 12h, o preço da commodity estava em alta de 0,24%, sendo cotado a US$ 86,82.

Em maio do ano passado, a Petrobras abandonou o PPI e adotou uma nova estratégia que considera tanto o preço mínimo que a estatal está disposta a vender quanto o preço máximo que o cliente está disposto a pagar. Essa mudança tem deixado o mercado financeiro incerto quanto aos próximos passos da empresa, especialmente após a recente troca de liderança.

Magda Chambriard afirmou que não planeja modificar a política implementada por seu antecessor, Jean Paul Prates.

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