TRABALHO E EMPREGO
Ministro Luiz Marinho reforça papel abolicionista do Ceará em abertura do G20
Por Eduardo Buchholz - Em 23/07/2024 às 9:50 PM
Fortaleza está no centro das atenções globais esta semana, hospedando a última reunião técnica do Grupo de Trabalho (GT) de Emprego e a Cúpula do Labour 20 (L20), representando as centrais sindicais dos países do G20. O ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Luiz Marinho, abriu ambos os eventos, destacando a importância dos trabalhadores na evolução das sociedades e o papel crucial das nações na definição de políticas para o futuro.
Durante a abertura, Marinho expressou sua expectativa para a construção de uma declaração impactante no encontro do G20, que acontece no Brasil em 2024. “Que possamos construir a melhor declaração possível para colaborar com a Cúpula do G20 em novembro, no Rio de Janeiro, a qual creio será um belíssimo encontro. Temos a responsabilidade, como as maiores economias do mundo, de ser um farol para esse mundo. Nós, do G20, países-membros e países convidados, temos uma tarefa muito importante no processo democrático, na reformulação das instituições multilaterais, com a necessidade de pensarmos nos trabalhadores como sujeitos de direito” afirmou, ressaltando a importância da reformulação das instituições multilaterais e do reconhecimento dos trabalhadores como sujeitos de direito.
O ministro enfatizou o papel histórico dos trabalhadores na construção de infraestruturas e na prestação de serviços essenciais, da educação à tecnologia avançada. “Foram os trabalhadores e trabalhadoras que verdadeiramente construíram nossos países, desde as nossas infraestruturas mais básicas aos serviços críticos. Da educação dos nossos jovens ao cuidado dos nossos idosos. Até nossas tecnologias mais avançadas”, colocou o ministro na mesa de abertura do L20. “É necessário cada vez mais garantir a dignidade humana e a satisfação das necessidades básicas dos trabalhadores, mas também a expansão de capacidades pessoais e profissionais”, acrescentou Marinho.
Os desafios discutidos na reunião incluem a recuperação do impacto da Covid-19, as adaptações necessárias devido às mudanças climáticas e as transformações trazidas pelo avanço da inteligência artificial. Estes temas são de particular relevância para o Ceará, destacado por Marinho como a primeira província brasileira a abolir a escravidão, e um símbolo de resistência e inovação trabalhista.
A cultura afro-brasileira também teve espaço destacado nas recepções do evento, com apresentações de capoeira e maracatu, ilustrando a rica herança cultural da região. O evento, que segue até quarta-feira (24), culminará na reunião dos ministros do Trabalho do G20, que prepararão uma declaração conjunta para os chefes de Estado.
Paralelamente, Fortaleza também acolheu a 137ª Assembleia Geral do Fórum Nacional de Secretários do Trabalho (Fonset). Celebrando 35 anos de existência, o Fonset promove um diálogo enriquecedor entre o estado e o governo federal, mirando influenciar positivamente as discussões no G20.