DADOS DA CBIC
Imóveis: lançamentos de unidades residenciais crescem 7% no 2º trimestre
Por Redação - Em 20/08/2024 às 12:27 AM
O mercado imobiliário brasileiro continua em ascensão, conforme revelado pelo levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgado nesta segunda-feira (19). A pesquisa, que abrange dados de comercialização de imóveis residenciais novos em 221 cidades, incluindo todas as capitais e regiões metropolitanas do país, mostra uma clara trajetória de crescimento.
No segundo trimestre de 2024, foram lançadas 83.930 unidades residenciais, marcando uma expansão de 7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas atingiram 93.743 unidades, um aumento expressivo de 17,9%. Esse desempenho confirma a continuidade da tendência de crescimento observada na primeira metade do ano.
No acumulado do primeiro semestre de 2024, os lançamentos totalizaram 149.487 unidades, representando um crescimento de 5,7% em relação ao primeiro semestre de 2023. As vendas somaram 180.162 unidades, com um crescimento de 15,2%. O estoque de imóveis disponíveis para venda, incluindo imóveis na planta, em construção e recém-construídos, caiu 11,5% no último ano, ficando em 274.303 unidades. Com o ritmo atual de vendas, esse estoque seria totalmente consumido em aproximadamente nove meses, caso não houvesse novos lançamentos.
O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) teve um papel crucial nesse crescimento. No segundo trimestre de 2024, os lançamentos sob o MCMV somaram 44.764 unidades, quase o dobro do registrado no mesmo período de 2023, com um aumento de 86,7%. Esses lançamentos representaram 53% do total do mercado, um aumento significativo em relação aos 31% de um ano atrás. As vendas do MCMV também apresentaram um salto de 46%, totalizando 39.332 unidades, o que corresponde a 42% do total de vendas, comparado a 34% no ano passado.
A CBIC destacou que as expectativas dos empresários para novos lançamentos estão mais positivas, principalmente devido aos recentes ajustes no MCMV. Entre essas medidas, destaca-se a alocação adicional de R$ 22 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar o programa, o que proporciona maior segurança para o desenvolvimento de novos projetos no setor.
Apesar dos juros ainda elevados, o mercado de financiamento imobiliário continua robusto, beneficiado pelo crescimento econômico acima das expectativas, que tem gerado mais empregos e renda. Esses fatores estão impulsionando os negócios no setor imobiliário, consolidando o atual ciclo de expansão.