O índice tem batido recordes com frequência, embora estes geralmente sejam efêmeros, durando apenas um dia

Em um cenário global de correção nos mercados, o Ibovespa continua a trilhar um caminho de recordes. Nesta terça-feira, o índice brasileiro avançou 0,23%, encerrando o pregão em 136.087,41 pontos, marcando uma nova máxima histórica de fechamento. O recorde anterior de 135.777,98 pontos, alcançado ontem, foi superado, reforçando a trajetória positiva do índice.

Durante o dia, o Ibovespa também atingiu uma nova máxima histórica intradiária de 136.329,79 pontos, superando o recorde de 136.179,21 pontos registrado no pregão anterior. O índice tem batido recordes com frequência, embora estes geralmente sejam efêmeros, durando apenas um dia.

No entanto, o dólar teve um desempenho distinto frente ao real, apresentando uma alta de 1,29% e sendo cotado a R$ 5,48. Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital, destacou que “a alta do dólar reflete a aversão ao risco dos investidores, que aguardam a pronunciação do Federal Reserve (Fed) sobre as perspectivas futuras para as taxas de juros nos EUA.”

Nos Estados Unidos, os índices de ações recuaram levemente, sem grandes variações, à medida que os investidores ajustam suas expectativas em relação ao possível discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, durante o simpósio de Jackson Hole. A cautela se deve às recentes declarações das autoridades do banco central, que expressaram preocupações sobre o mercado de trabalho.

Enquanto isso, no Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, observou uma melhoria nas condições externas, com expectativas crescentes de cortes nas taxas de juros nos EUA, o que pode influenciar positivamente a economia brasileira.

A combinação de recordes no Ibovespa e a valorização do dólar destaca um panorama misto, refletindo as complexas dinâmicas econômicas globais e as expectativas futuras para as políticas monetárias.