CRESCIMENTO REAL DE 9,55%
Arrecadação de receitas federais alcança R$ 231 bilhões em julho
Por Redação - Em 23/08/2024 às 2:05 PM
A arrecadação federal alcançou R$ 231,044 bilhões em julho de 2024, representando um crescimento real de 9,55% em comparação com igual mês do ano passado, quando o total foi de R$ 201,829 bilhões. Em termos nominais, o aumento foi de 14,48%. Este desempenho marca o melhor resultado para o mês de julho desde 1995.
No acumulado dos primeiros sete meses de 2024, a arrecadação federal chegou a R$ 1,529 trilhão, uma alta real de 9,15% em relação ao mesmo período de 2023, que registrou R$ 1,344 trilhão. Em termos nominais, o crescimento foi de 13,73%, estabelecendo um novo recorde desde o início da série histórica em 1995.
Desconsiderando fatores atípicos, a arrecadação real em julho teria crescido 8,28%, e no acumulado de janeiro a julho, o aumento real seria de 6,77%. Os fatores atípicos representaram R$ 970 milhões em julho e mais de R$ 15 bilhões no acumulado do ano, impactando positivamente a arrecadação.
O recolhimento de receitas administradas pela Receita Federal em julho foi de R$ 214,792 bilhões, com um aumento real de 9,85% e um crescimento nominal de 14,79% em relação a julho de 2023. No acumulado dos sete meses, a arrecadação foi de R$ 1,450 trilhão, aumentando 9,07% em termos reais e 13,65% em termos nominais sobre o ano anterior.
A Receita Federal atribui o desempenho positivo à evolução dos principais indicadores macroeconômicos. Em junho, a produção industrial teve alta de 5,63%, a venda de bens subiu 2%, e a massa salarial aumentou 10,28%. As importações cresceram 18,39%, e as notas fiscais eletrônicas tiveram uma elevação de 3,66%.
Entre os principais componentes da arrecadação de julho, a receita previdenciária liderou com R$ 53,559 bilhões, um crescimento real de 5,94% em relação a julho de 2023. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido somaram R$ 52,150 bilhões, e Cofins e PIS/Pasep registraram R$ 45,260 bilhões.
O crescimento da receita previdenciária é atribuído ao aumento da massa salarial, enquanto a alta do IRPJ e CSLL se deve ao desempenho positivo do balanço trimestral e das estimativas de lucro presumido. A elevação de Cofins e PIS/Pasep resulta de aumentos nos volumes de vendas e serviços, bem como do retorno da tributação sobre combustíveis e ajustes na base de cálculo dessas contribuições.
No acumulado de janeiro a julho, o aumento da arrecadação também é explicado pelos indicadores macroeconômicos favoráveis, como o crescimento da produção industrial, da venda de bens e serviços, e da massa salarial. A arrecadação do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também teve um desempenho positivo devido ao aumento das alíquotas médias desses tributos.