CONSELHOS IMPORTANTES

Carlos Prado comanda reunião do Coinfra e Coemas, da CNI, na Casa da Indústria

Por Marcelo - Em 27/08/2024 às 9:03 AM

Integrantes de dois dos principais conselhos temáticos da Confederação Nacional da Indústria (CNI): o de Infraestrutura (Coinfra) e o de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Coemas), de vários estados brasileiros, estiveram reunidos na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC). O encontro foi comandado pelo 1º vice-presidente da FIEC, Carlos Prado, com abertura realizada pelo diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.

Carlos Prado esteve à frente dos debates sobre infraestrutura, junto com integrantes do Coinfra                                                        Foto: José Sobrinho

O representante da entidade nacional explicou que a CNI busca criar um ambiente nacional em que a agenda de demandas da indústria seja considerada na agenda da política pública, principalmente em âmbito federal. “Desconhecemos um país que tenha desenvolvimento social e econômico sem uma indústria forte. O grande desafio da atual gestão da CNI é encontrar esse caminho – de incluir as demandas da indústria na pauta das políticas públicas. Historicamente, os investimentos em infraestrutura no Nordeste sempre foram deficientes. O transporte é o maior gargalo da infraestrutura no Ceará”, afirma Muniz.

Infraestrutura

O Coinfra foi representado pelo superintendente de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso. Este conselho tem como objetivo avaliar e acompanhar a disponibilidade e a qualidade da infraestrutura no Brasil. Propõe sugestões para ampliação e modernização do sistema de transportes, portos, aeroportos, saneamento básico, energia e telecomunicações. Também acompanha e faz propostas para o aperfeiçoamento dos marcos regulatórios desses setores.

Durante o evento, CNI e FIEC lançaram o estudo ‘Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste’, que apresenta propostas importantes para o desenvolvimento da infraestrutura em cada um dos noves estados da região, em áreas como transporte, energia e saneamento básico, por exemplo. O levantamento indica que 74% dos empresários nordestinos consideram as condições de infraestrutura como regulares, ruins ou péssimas.

“Esse estudo é uma alerta para os governantes, entregue pelos empresários, trazendo essa luz para que possamos olhar essas dificuldades, sem perder o otimismo. Mas precisamos ser críticos, pois temos uma luta muito grande por investimentos públicos e privados. Agradeço ao presidente Ricardo Cavalcante, da FIEC e da Associação Nordeste Forte, que é um empreendedor social e tem uma dedicação a essa articulação social”, comenta Roberto Muniz.

Wagner Cardoso apresentou dados do Panorama de Estrutura e apontou três grandes problemas que a Região Nordeste enfrenta: 1) A baixa qualidade das rodovias (75% são avaliadas como regulares, ruins ou péssimas); 2) A ociosidade de malha viária, e 3) A baixa movimentação de contêineres (Nordeste movimenta apenas 12% das cargas conteineirizadas do País, demonstrando a baixa industrialização da região). Mas, destacou a “revolução das energias renováveis, tendo o Nordeste passado de importador para exportador de energia; a exploração do petróleo e do gás; e a nova lei da cabotagem (Lei nº 14.301/2022)“.

Meio Ambiente

Já o Coemas foi representado pelo superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo. Por sua vez, este conselho atua no aperfeiçoamento da legislação ambiental, estimula práticas de conservação e uso eficiente dos recursos naturais, formulando diretrizes e estratégias para subsidiar o processo decisório e o posicionamento da CNI na agenda de meio ambiente e sustentabilidade.

Durante a reunião, o debate esteve focado nos projetos de Hidrogênio Verde (H²V) que devem movimentar a economia brasileira, sobretudo a do Ceará, nos próximos anos. A apresentação do estudo ‘Hidrogênio Sustentável – Perspectivas para o desenvolvimento e potencial para a indústria brasileira’ ficou a cargo de Davi Bomtempo.

Plano de ação

Representando o Conselho Temático de Infraestrutura da FIEC, o presidente Heitor Studart fez suas considerações, citando que apenas 50% dos investimentos previstos nos PAC 1 e 2 (Programas de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal) foram realizados, na área da infraestrutura.

Ele apresentou a importância da conclusão das obras ferroviárias para o desenvolvimento da Região Nordeste, a partir de um projeto integrado. Com isso, os representantes dos conselhos da CNI e da FIEC devem refinar os dados apresentados nos estudos, sobretudo na área de infraestrutura, para debatê-los no âmbito federal (CNI e poderes públicos) e regional (pela Associação Nordeste Forte).

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